O governo federal realizou um leilão inédito de participações da União em blocos de produção no pré-sal, envolvendo a Petrobras e a Shell. A disputa foi fechada, sem a presença de outros interessados, e resultou em uma arrecadação de aproximadamente R$ 8,8 bilhões.
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Essa arrecadação ficou abaixo da estimativa inicial de R$ 10,2 bilhões, devido à falta de lances na área de Tupi.
A Petrobras e a Shell garantiram a participação em dois dos três campos leiloados. No campo de Mero, o consórcio arrematou uma participação de 3,5% por R$ 7,79 bilhões, um valor superior ao mínimo estabelecido no leilão, que era de R$ 7,65 bilhões.
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Já no campo de Atapu, as petroleiras adquiriram uma participação de 0,95% em jazida compartilhada por cerca de R$ 1 bilhão, um valor também acima do mínimo de R$ 863,32 milhões.
A área de Tupi, que previa a contratação de uma participação de 0,833% por R$ 1,69 bilhão, não recebeu nenhum lance. A PPSA, empresa responsável por representar a União nos contratos de partilha de produção no pré-sal, organizou o leilão com o objetivo de que o governo incorporasse os resultados em 2025, onde a União continua recebendo e comercializando o petróleo produzido nessas áreas.
Inicialmente, a estimativa para o leilão das três áreas era de R$ 15 bilhões, mas o resultado final, com a ausência de lance em Tupi, apresentou uma diferença em relação à previsão. Apesar da frustração de R$ 1,4 bilhão, o Ministério da Fazenda não demonstra grande preocupação, pois o chamado “empoçamento” de recursos, proveniente de gastos autorizados no orçamento que não são executados devido a entraves burocráticos, pode compensar essa diferença no final do ano.
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O Tesouro estima que o empoçamento deve ficar em torno de R$ 10 bilhões este ano, o que pode ajudar o governo a cumprir suas metas fiscais.
