Léo Lins, em Portugal, comenta sobre a pena de oito anos, que ele considera “maior do que a de um assassino”

Léo Lins comenta sua sentença de oito anos referente a piadas apresentadas em um programa. Compreenda o debate acerca dos limites do humor e da liberdad…

29/07/2025 19h42

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(Imagem de reprodução da internet).

Léo Lins, humorista brasileiro, chamou a atenção por seu estilo irreverente e ousado. Contudo, nos últimos meses, tornou-se alvo de uma controvérsia, sendo condenado a mais de oito anos de reclusão no país.

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As diversas denúncias surgiram subsequentemente à apresentação de seu show de stand-up intitulado “Perturbador”. A decisão judicial, emitida pela 3ª Vara Criminal de São Paulo em junho de 2025, provocou discussões.

A discussão central versa sobre os limites do humor e da liberdade de expressão no Brasil.

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Em entrevista à Revista E do Expresso, Léo Lins comentou sua surpresa com a sentença, comparando-a à de um assassino.

O caso Léo Lins: a condenação e o contexto do julgamento.

No seu show, Léo Lins proferiu piadas consideradas ofensivas por diferentes grupos sociais. Dessa forma, ele, em tese, provocou mágoas em idosos, pessoas obesas, indivíduos com HIV, judeus, evangélicos, homossexuais, negros e indígenas.

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A Promotoria Federal, contudo, imputou ao comediante “ofensa à moralidade pública”. Adicionalmente, há acusação de propagar discurso de ódio.

A relevância para o caso foi ampliada pelo número expressivo de visualizações, ultrapassando as três milhões no YouTube.

A condenação de Lins provocou um amplo debate acerca da tênue linha entre o humor e o discurso considerado inadequado. A principal dúvida, contudo, reside em até onde a liberdade de expressão pode se estender sem violar os direitos de outrem.

Lins argumenta a favor do humor sem restrições e da liberdade de expressão.

Durante a entrevista recente, Léo Lins ainda demonstra surpresa com a sentença. Na ocasião, comparou a pena que recebeu em crimes graves, como o assassinato, que no Brasil pode resultar em penas de apenas sete anos.

Para o humorista, a condenação é desproporcional e representa um risco à liberdade de expressão. O humorista argumentou que o humor deve ser uma ferramenta de reflexão, e, como comediante, teria o direito de provocar risos, ainda que as piadas abordem temas delicados.

“Eu sou um humorista, não posso deixar de fazer meu trabalho apenas porque alguém pode se sentir ofendido”, declarou Lins.

Apesar da condenação, Léo Lins persiste em negar qualquer culpa e aguarda sua absolvição das acusações. O humor é sua expressão artística, e, portanto, deve ser livre de restrições.

Fonte por: FDR

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