Lewandowski rebate Castro e afirma não ter auxiliado Rio: ‘Não recebi pedido’

Governador do Rio afirma que Estado enfrenta crime organizado sozinho e critica falta de apoio das forças federais.

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(Imagem de reprodução da internet).

Ministro rebate acusações do governador do Rio

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, rebateu, nesta terça-feira (28), as declarações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre a suposta falta de apoio federal em operações contra o Comando Vermelho (CV). “Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, para esta operação, nem ontem, nem hoje, absolutamente nada”, disse em cerimônia na Assembleia Legislativa do Ceará, onde irá receber o título de Cidadão Cearense. O posicionamento veio após as críticas de Castro, que alegou que as forças federais não o ajudam na luta contra o crime organizado.

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Solidariedade e Disponibilidade de Auxílio

Lewandowski expressou sua solidariedade às famílias dos policiais mortos e aos inocentes que também pereceram na operação. Ele também se colocou à disposição para qualquer auxílio necessário. O ministro enfatizou a importância do planejamento, inteligência e coordenação das forças para o combate à criminalidade, seja ela comum ou organizada.

Resposta do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) afirmou que tem atendido “prontamente a todos os pedidos” de envio da Força Nacional ao Estado, e listou uma série de medidas tomadas entre o governo federal e o Rio de Janeiro, como operações integradas, investimentos e apoio de agentes. A nota também mencionou que, desde 2023, todas as 11 solicitações de renovação da Força Nacional no território fluminense foram acatadas.

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Dados e Cooperação

O ministério, chefiado por Ricardo Lewandowski, também mencionou 178 operações da Polícia Federal no Rio de Janeiro em 2025, com 210 prisões efetuadas e apreensão de 10 toneladas de drogas e 190 armas de fogo; 855 mandados de prisão cumpridos entre 2024 e 2025; e dezenas de milhares de objetos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal desde 2023, de veículos a armas, munições e drogas. A nota provocou Castro ao dizer que o Fundo Penitenciário Nacional repassou mais de R$ 99 milhões ao Estado entre 2016 e 2024, dos quais “apenas cerca de R$ 39 milhões foram efetivamente utilizados, restando mais de R$ 104 milhões ainda em conta”.

Acordos e Integração

Além disso, o ministério mencionou um saldo de R$ 174 milhões não usado dos repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública. Entre os acordos de cooperação firmados entre as duas administrações, o MJSP mencionou a integração do Estado à Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim) e à Rede Nacional de Recuperação de Ativos de Facções Criminosas (Recupera), um acordo de cooperação técnica para a criação da Célula Integrada de Localização e Captura de Foragidos, e outro para a criação do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA).

Conclusão

O ministro Ricardo Lewandowski ressaltou que, em 5 de fevereiro deste ano, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, esteve no Ministério da Justiça e Segurança Pública para uma reunião com o ministro e ofereceu dez vagas em presídios federais para alocar lideranças criminosas do Rio de Janeiro. A situação demonstra a importância da colaboração entre os diferentes níveis de governo para combater o crime organizado de forma eficaz.

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