Libertação de Reféns pelo Hamas Começará na Segunda-Feira
Um alto dirigente do Hamas anunciou neste sábado (11) que a libertação de 48 reféns, em sua maioria israelenses, mantidos por milicianos palestinos em Gaza, terá início na manhã de segunda-feira. “Conforme o acordo assinado, a troca de prisioneiros começará na manhã de segunda-feira, e não há novidades a esse respeito”, declarou Osama Hamdan.
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Após a devolução dos cativos de Gaza, Israel irá liberar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, de acordo com os termos da primeira fase do acordo de cessar-fogo firmado entre as partes, com base em uma proposta dos Estados Unidos.
Transferência de Prisioneiros Palestinos
Neste sábado, Israel deu início à transferência de prisioneiros palestinos para duas penitenciárias, como parte do acordo de cessar-fogo em Gaza. O serviço penitenciário israelense confirmou que 250 prisioneiros seriam levados para a prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, e para Ketziot, no deserto de Negev, no sul de Israel, próximo à fronteira com o Egito.
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Esses prisioneiros permanecerão nessas unidades até que os líderes israelenses decidam prosseguir com a operação para “permitir o retorno dos reféns a Israel”. A troca de reféns e prisioneiros está prevista para ocorrer dois anos após o ataque do grupo islamista palestino em 7 de outubro de 2023, que resultou em uma ofensiva israelense em Gaza, com mais de 67 mil palestinos mortos.
Posição do Hamas e Futuras Negociações
Apesar do acordo de paz que entrou em vigor na sexta-feira (10), o grupo terrorista afirmou estar preparado para lutar caso a guerra em Gaza seja retomada. Husam Badran, dirigente do Hamas, rejeitou a proposta do plano de paz de Donald Trump, que prevê a expulsão de seus membros do território palestino. “Esperamos não voltar à guerra, mas nosso povo palestino e as forças de resistência utilizarão todas as suas capacidades para repelir essa agressão”, disse.
Badran, que faz parte do comitê político do movimento que governa Gaza, comentou sobre as negociações da segunda fase do plano de paz, alertando que essas conversas serão “mais complexas e difíceis” do que a primeira. Neste sábado, centenas de milhares de palestinos retornaram à Cidade de Gaza, que foi devastada.
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Desarmamento e Presença Internacional
Após o intercâmbio de prisioneiros e a retirada parcial de Israel, mediadores do conflito, liderados pelos Estados Unidos, precisarão garantir uma solução política de longo prazo que leve o Hamas a entregar suas armas e renunciar ao governo na Faixa de Gaza. Badran afirmou que o Hamas não participará da assinatura formal do acordo de paz em Egito, onde líderes internacionais se reunirão na segunda-feira.
O Hamas também se opõe ao desarmamento previsto no plano de paz de Trump. “A proposta de entregar as armas está fora de questão e não é negociável”, afirmou um alto dirigente do movimento palestino. Badran reiterou que, embora o grupo não deseje guerra, se Israel voltar a atacar o povo palestino, “as forças de resistência usarão todas as suas capacidades para repelir essa agressão”.
Segundo o plano de Trump, à medida que o Exército israelense se retirar de Gaza, será substituído por uma força multinacional composta por Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos, coordenada por um centro de comando dirigido pelos Estados Unidos em Israel.
O almirante Brad Cooper, chefe do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), o enviado especial Steve Witkoff e Jared Kushner visitaram Gaza neste sábado para planejar a próxima fase da trégua com o chefe do Exército israelense, Eyal Zamir. Witkoff, Kushner e Ivanka Trump seguiram para Tel Aviv para participar de uma vigília com as famílias dos reféns israelenses ainda cativos em Gaza, onde foram recebidos com aplausos e gritos de agradecimento.