Líder do União Brasil afirma que o governo perdeu a habilidade de conduzir a agenda

Efraim Filho critica a falta de fundamentos do PL e questiona a aprovação de projetos “por coerção” após o revés no Congresso.

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Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Na ordem do dia, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 72/2023, que livra da incidência do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) os veículos terrestres com mais de 20 anos de fabricação. Em pronunciamento, à bancada, senador Efraim Filho (União-PB). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho, declarou que o governo Lula deve decidir se prefere o diálogo ou o confronto em sua relação com o Congresso Nacional. A afirmação foi feita em entrevista ao jornal O Globo, publicada na quarta-feira (3.jul.2025).

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O que foi observado foi uma reação do Congresso buscando se posicionar. O Congresso não pode ser o alvo prioritário do ministro da Fazenda (Fernando Haddad), visto que o Congresso oferece sustentação a esse governo, desde a PEC da Transição. Deixa claro que o PT não possui uma base para reivindicar como sua nem condições de impor uma agenda, mas tenta fazê-lo à força. Agora é o momento do governo decidir se parte para o diálogo ou insiste no confronto.

Efraim mencionou ocorrências recentes como evidência desse declínio, como a negativa do líder do União Brasil, Pedro Lucas, em ocupar o cargo de Ministro das Comunicações.

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Pedro Lucas acabara de assumir a liderança da bancada. Em conversas conosco, declarou que almejava ocupar o ministério em outra situação, afirmando que a decisão foi motivada por questões internas do grupo.

A saída do PDT da base governista também foi apontada como um fator que “prejudica ainda mais essa base ligada às pautas tradicionais do PT”.

O senador declarou que o Congresso Nacional não tolerará o que ele considerou como “despesa descontrolada” relacionada a iniciativas eleitorais do governo. Ele ressaltou a necessidade de estabelecer “equilíbrio e responsabilidade fiscal” no processo orçamentário.

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Cenário

Efraim declarou que o novo acordo entre União Brasil e PP proporcionará maior independência no relacionamento com o governo. Ele argumentou que a aliança representa “mais autonomia” e exclui “submissão ou dependência da federação ao governo”.

O senador afirmou que PP e União avançam na identidade e com aspecto majoritário de centro-direita. São partidos que contribuem com a governabilidade em temas econômicos, mas se mantêm em relação a pautas de comportamento.

Efraim assegurou que o União Brasil mantém a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, para a eleição presidencial de 2026. O senador elogiou os “resultados expressivos na segurança pública” do Estado e classificou Caiado como “grande articulador político”. “Ele tem a missão de se viabilizar neste ano de 2025. Mas existe espaço para dialogar com a centro-direita sobre alianças”, declarou.

O presidente do União Brasil no Senado considerou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é a alternativa mais realista da direita para 2026. De acordo com sua avaliação, “Tarcísio atrai o eleitor bolsonarista e o de centro também. Isso é decisivo para vencer as eleições”.

Fonte por: Poder 360

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