Um pastor de uma igreja no bairro Jardim Vitória, na região nordeste de Belo Horizonte, foi indiciado seis vezes por estupro, cinco vezes por violência sexual mediante fraude e duas vezes por importunação sexual pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O indiciamento do suspeito, de 51 anos, teve lugar na terça-feira (20).
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As investigações indicam que os crimes podem ter ocorrido durante duas décadas. A delegada Larissa Mascotte, responsável pelos inquéritos, declarou que, conforme relatos, o primeiro abuso ocorreu em 2003 e o último foi notificado em 2023, embora a denúncia que deu origem às investigações tenha sido feita apenas em abril deste ano.
Ele agia sempre com a mesma maneira, enganando as vítimas. Esse pastor se aproveitava da palavra de Deus para cometer os crimes, praticava esses atos nas dependências da igreja, antes ou após os cultos, e também nos momentos de oração. Ele citava versículos bíblicos durante os abusos sexuais e se dizia ungido de Deus, e que as vítimas não poderiam se opor aos atos sob pena de serem amaldiçoadas, relatou a delegada.
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Para evitar sanções durante todos esses anos, ele empregava certas estratégias. “Além de incitar as vítimas umas contra as outras, ele se preocupava em desacreditar o comportamento e a vida social dessas mulheres perante a igreja para se manter impune”, completou a delegada.
Sete inquéritos foram concluídos e remetidos ao Judiciário com base nos relatos das vítimas, que têm entre 31 e 50 anos. Adicionalmente, durante a apuração dos fatos, foi identificada a prática sexual contra uma adolescente de 12 anos, filha de uma das vítimas do investigado. Uma oitava mulher ainda deve formalizar a denúncia.
Durante as investigações, a PCMG solicitou a prisão preventiva do suspeito, que foi intimado e apresentou uma manifestação por meio de advogado de que estaria doente e se manifestaria somente em juízo.
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Fonte: CNN Brasil