Líder sindical do Panamá solicita asilo na embaixada da Bolívia

O pedido ocorre em meio a manifestações contra o presidente José Raúl Mulino.

21/05/2025 22h37

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(Imagem de reprodução da internet).

O líder sindical do Panamá solicitou asilo na quarta-feira, 21, na embaixada da Bolívia, após a detenção de outro dirigente sindical, segundo relataram autoridades.

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O robusto sindicato da construção Suntracs enfrenta um confronto significativo com o governo panamenho devido a uma reforma previdenciária, entre outras questões. Saúl Méndez solicitou asilo após o fechamento de uma cooperativa do sindicato e a prisão de Jaime Caballero sob suspeita de lavagem de dinheiro.

Por volta das 2h30, o Sr. Méndez se aproximou da embaixada da Bolívia, pulou o portão e solicitou asilo diplomático, com uma carta na mão, conforme descreveu o chanceler panamenho, Javier Martínez-Acha, em coletiva de imprensa. Méndez “não é um perseguido político”.

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Após o requerimento de asilo, o Ministério Público comunicou a emissão de um mandado de prisão contra “cidadãos panamenhos”, em razão de uma investigação sobre o Suntracs por suposta fraude agravada, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Apesar de não ter mencionado nomes, a mídia local apontou que os alvos dos mandados são Méndez e Genaro López, ex-líderes históricos do sindicato.

O líder do Suntracs, Yamir Córdoba, afirmou que a vida e a integridade física do companheiro estavam em risco, sendo tomada a decisão de que ele solicitasse asilo político, segundo o qual Mulino quer “acabar” com o sindicato.

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Esperamos pela decisão da Bolívia antes de tomar uma decisão como país. Posso informar que o Panamá respeita a instituição do asilo diplomático, afirmou o chanceler Martínez-Acha.

Mulino enfrenta há quase um mês uma greve dos trabalhadores da construção civil, que rejeitam a reforma recente da Caixa de Seguridade Social, além de outras medidas do presidente. Um dos articuladores dos protestos é o Suntracs, considerado “uma máfia” por Mulino.

O sindicato também critica o acordo recente com os Estados Unidos que possibilita o envio de tropas ao país, a possível retomada de uma mina de cobre de capital canadense e a construção de um novo reservatório no Canal do Panamá.

Fonte: Carta Capital

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