Líderes árabes intensificam a retórica crítica em relação a Israel diante do aumento dos ataques
Desde quinta-feira (15), Israel causou a morte de centenas de palestinos após o início de uma nova onda de ataques aéreos.

Líderes árabes se reuniram em cúpula em Bagdá e solicitaram neste sábado o fim imediato da guerra em Gaza, acusando Israel de tentar expulsar os palestinos do enclave após intensificar seus bombardeios.
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Desde quinta-feira (15), Israel causou a morte de centenas de palestinos em um dos ataques mais letais desde o término do cessar-fogo em março, apesar do encerramento da visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio na sexta-feira (16).
O presidente do Egito, Abdel-Fatah al-Sisi, que é um dos principais mediadores nas negociações de paz em Gaza, classificou as ações de Israel como “crimes sistemáticos” que buscam “obliterar e aniquilar” os palestinos e “cessar sua existência na Faixa de Gaza”.
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O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, que sediou a cúpula, afirmou que Israel estava perpetrando um genocídio.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que proferiu um discurso na cúpula, afirmou que “nada justifica a punição coletiva do povo palestino”.
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Após um cessar-fogo de seis semanas, Israel implementou um bloqueio completo a Gaza e reiniciou sua campanha militar em março. Israel atribui os danos a civis aos combatentes do Hamas por estarem localizados entre a população, o que o Hamas rejeita.
O Israel busca eliminar as capacidades militares e de governo do Hamas, organização que atacou comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, resultando em aproximadamente 1.200 mortes e o sequestro de mais de 250 reféns.
A operação militar destruiu o pequeno acampamento, forçando a saída de quase todos os seus 2,3 milhões de habitantes de suas residências e causando a morte de mais de 53 mil indivíduos, segundo dados das autoridades de saúde de Gaza.
Israel está sofrendo uma pressão internacional crescente para reativar as negociações de um cessar-fogo e possibilitar a entrada de alimentos e materiais médicos em Gaza. O coordenador humanitário da ONU, Tom Fletcher, questionou o Conselho de Segurança nesta semana se a nação tomaria medidas para “impedir o genocídio”.
O primeiro-ministro do Iraque anunciou a criação de um fundo para auxiliar na reconstrução dos estados árabes após a guerra, com um aporte inicial de US$ 20 milhões para Gaza e Líbano, onde regiões do sul foram devastadas no ano passado em uma campanha israelense contra o grupo Hezbollah.
Fonte: CNN Brasil