Líderes mundiais expressam pesar pela morte de Pepe Mujica: “Seu legado permanecerá.”

O Ministério das Relações Exteriores considerou o ex-presidente um importante amigo do Brasil.

13/05/2025 18h13

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(Imagem de reprodução da internet).

A morte do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, uma das lideranças progressistas da América Latina, gerou diversas reações de líderes internacionais. O atual presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, foi o primeiro a expressar condolências ao ex-mandatário.

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Comunicamos com grande pesar o falecimento do companheiro Pepe Mujica. Presidente, militante, referência e líder. Sentiremos muito a sua falta, Velho querido, escreveu Orsi em sua conta no X.

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, declarou que toda a América Latina está de luto com o falecimento de Mujica. “Estamos profundamente tristes com a partida do meu irmão Pepe Mujica. Sempre me lembro de seus conselhos cheios de experiência e sabedoria. Ele acreditava fervorosamente na integração e na Pátria Grande. Seus ensinamentos e seu grande exemplo permanecem”, afirmou.

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Luis Arce, presidente da Bolívia, declarou que o ex-presidente foi “um verdadeiro farol de esperança, humildade e luta pela justiça social”. “Seu legado viverá em nossos corações, na história do Uruguai e da Pátria Grande, sempre nos lembrando da importância de não desistirmos de nossa missão de alcançar um mundo mais justo e unido”, afirmou.

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, recordou a trajetória de Mujica em defesa da integração da região, uma de suas principais bandeiras. “Adeus amigo. Espero que um dia a América Latina tenha um hino, espero que um dia a América do Sul se chame: Amazônia”, declarou.

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A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, também lamentou a morte de Mujica e afirmou que ele é “um exemplo para a América Latina e o mundo inteiro”. “Expressamos nossa tristeza e condolências à família, amigos e ao povo do Uruguai”, completou.

O Ministério das Relações Exteriores qualificou Pepe como um “grande amigo do Brasil” e um dos mais importantes humanistas da atualidade.

O legado de Pepe Mujica permanecerá, orientando aqueles que acreditam na integração da nossa região como o caminho inevitável para o desenvolvimento e na construção de um futuro melhor para as próximas gerações.

Em dezembro do ano anterior, durante uma visita a Montevidéu, Lula (PT) homenageou Mujica com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta distinção concedida pelo Brasil a cidadãos estrangeiros. Na ocasião, o presidente classificou Mujica como “a pessoa mais extraordinária” entre os chefes de Estado com quem interagiu.

Pepe Mujica foi um político e escritor uruguaio, conhecido por seu estilo de vida simples e sua postura crítica em relação ao consumismo e à política tradicional.

Em 20 de maio de 1935, nascido em Montevidéu, capital do Uruguai, Mujica estava próximo de completar 90 anos. Ele foi o 40º presidente do Uruguai, tendo exercido o cargo entre 2010 e 2015.

A presidência de Mujica trouxe avanços sociais e econômicos ao Uruguai, destacando-se, sobretudo, pela imagem do líder, marcada pela preferência por um estilo de vida simples e distante de luxos.

Pepe Mujica substituiu a residência oficial, o Palácio de Suárez y Reyes, pela permanência em sua casa de campo, chamada La Puebla, nos arredores de Montevidéu. “Eu não sou pobre, eu sou sóbrio, de bagagem leve. Vivo com apenas o suficiente para que as coisas não roubem minha liberdade”, declarou, à Época.

Como presidente, doava 90% do salário para um fundo que sustentava o programa governamental de habitação popular. Ele possuía um Fusca fabricado em 1987, conforme declarado.

Sob a presidência de Mujica, em 2013, o Uruguai iniciou o processo que culminou com a legalização da maconha no país. Além das transformações culturais e legais, a esquerda uruguaia, com Mujica e Tabaré Vazquez à frente, promoveu um crescimento do PIB per capita três vezes maior – passando de 4.720 para 15.560 dólares.

Após concluir o mandato presidencial de cinco anos, Mujica atuou como senador até outubro de 2020, momento em que renunciou. Em carta apresentada em sessão extraordinária no Senado, Pepe Mujica justificou a renúncia devido ao cenário da pandemia e a sua condição de risco para a Covid-19, causada por uma doença autoimune chamada Síndrome de Strauss.

Fonte: Carta Capital

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