Investigação Sobre Eduardo Bolsonaro e Envolvimento nos EUA

O presidente do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), compareceu à sede do inquérito que investiga as ações do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.

Lindbergh apresentou à oitiva documentos que, em sua visão, comprovam que Eduardo Bolsonaro tem se envolvido nos Estados Unidos contra o STF (Supremo Tribunal Federal), em particular contra o ministro Alexandre de Moraes. O parlamentar compareceu à sede da Polícia Federal por volta das 14h55 e se afastou do local aproximadamente às 17h20.

Lindbergh afirma que Eduardo Bolsonaro estaria fomentando uma “depredação simbólica” do STF, descrevendo o que ele considera um “golpe contínuo” contra as instituições democráticas do país.

A peça entregue à PF também exige a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jair Bolsonaro e de outros investigados. O objetivo é rastrear eventuais envios de recursos ao exterior, com indícios de desvio de finalidade em arrecadações feitas via Pix.

O petista assegurou que procurou evidenciar a ligação de causa e efeito entre as ações de Eduardo Bolsonaro e os desdobramentos subsequentes, incluindo as declarações de autoridades norte-americanas que criticavam o STF e o ministro Moraes.

Estamos nos aproximando de uma grave crise diplomática. Não há como o governo brasileiro se omitir caso ocorram retaliações contra ministros do Supremo Tribunal Federal, declarou.

Lindbergh também relatou ter solicitado à Polícia Federal o bloqueio dos bens de Jair Bolsonaro. Por quê? Porque sabemos que o Eduardo está agindo para dificultar as investigações – trata-se de um crime continuado, sem alterações desde o 8 de janeiro. Mas como ele se justifica para manter essa articulação? Em nossa avaliação, Eduardo está tentando proteger o pai e os demais envolvidos na trama golpista. É uma forma de manter essa organização criminosa ativa no exterior, com o objetivo de descredibilizar o STF. Isso nunca ocorreu na história recente do país.

O ministro Moraes ordenou, em 26 de maio, a instauração de um inquérito contra Eduardo. A decisão ocorreu após pedido de investigação apresentado pela PGR (Procuradoria Geral da República) para apurar a atuação do deputado licenciado contra autoridades brasileiras.

O ministro do STF ordenou que a PF acompanhe os conteúdos publicados nas redes sociais e que ouça, em até 10 dias, o congressista e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo, que se encontra fora do país, poderá fornecer esclarecimentos por escrito.

A manifestação da Procuradora-Geral da República se dá em retaliação à representação criminal protocolada por Lindbergh. Moraes também determinou que o líder do PT na Câmara seja ouvido.

Fonte por: Poder 360