Desentendimento na Câmara: Lindbergh Farias Reage às Acusações de Hugo Motta
O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), não poupou críticas às declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que anunciou o rompimento das relações com o petista. Em sua resposta, Lindbergh Farias defendeu sua postura política, argumentando que as ações de Motta foram reservadas e equivocadas na tramitação de projetos legislativos.
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“Acredito que a posição do presidente da Câmara, Hugo Motta, é imatura. A política não se constrói com base em um grupo de amigos. Minhas posições são transparentes e previsíveis, e sempre busquei ser claro em minhas ações”, afirmou Lindbergh.
Ele ressaltou que suas escolhas políticas sempre foram coerentes, contrastando com o que ele considera uma conduta reservada por parte de Motta.
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As críticas de Lindbergh Farias se concentram em decisões específicas, como a derrubada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a aprovação da Emenda Constitucional nº 100 (PEC da Blindagem) e a designação do deputado Guilherme Derrite como relator de um projeto de lei de autoria do Poder Executivo.
O petista enfatizou que as divergências não decorrem de suas ações, mas sim das escolhas feitas por Motta.
“Se existe uma crise de confiança na relação entre o governo e o presidente da Câmara, isso tem mais a ver com as escolhas que Hugo Motta tem feito. Ele que assuma as responsabilidades por suas ações e não venha debitar isso na minha atuação como líder da Bancada do PT”, concluiu Lindbergh.
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O desentendimento surgiu após declarações de Motta, que afirmou não ter mais interesse em manter qualquer tipo de relação com Lindbergh Farias. A informação foi confirmada pelo grupo de Motta ao Broadcast Político. A crise se intensificou nas últimas semanas, especialmente durante a tramitação do Projeto de Lei nº 1062/2023 (PL Antifacção).
Segundo relatos, Lindbergh teria criado “mal-estar desnecessário”, o que gerou uma reação firme de Motta em uma reunião de líderes. Auxiliares da bancada do PT minimizam as consequências do rompimento, lembrando que a permanência de Lindbergh no cargo é temporária, com a eleição de Pedro Uczai (PT-SC) como novo líder a partir do próximo ano.
