Lindbergh Farias solicita prisão de Eduardo Bolsonaro por ataque à soberania nacional

Foi apresentada representação após o Secretário de Estado dos EUA afirmar que há uma “grande possibilidade” do governo Trump aplicar sanções a Alexandre de Moraes.

22/05/2025 23h15

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(Imagem de reprodução da internet).

O líder do PT na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias (RJ), protocolou uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a prisão preventiva do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por crimes de atentado à soberania nacional, abolição do Estado Democrático de Direito e coação no curso de processo.

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Lindbergh afirmou que Eduardo Bolsonaro, que atualmente reside nos Estados Unidos, está promovendo reuniões com parlamentares do Partido Republicano e membros do governo norte-americano, buscando obter sanções financeiras e jurídicas contra o ministro Alexandre de Moraes.

A ação foi protocolada um dia após o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmar que há uma “grande possibilidade” do governo de Donald Trump aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal.

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Eduardo solicitou a renúncia ao seu cargo na Câmara em março, sustentando que estava sendo alvo de perseguição pelo STF. O líder do PT afirmou que o objetivo de Eduardo Bolsonaro é neutralizar as investigações conduzidas pelo STF que apuram a tentativa de golpe no Brasil e, ao mesmo tempo, proteger seu pai e aliados em relação ao julgamento no STF.

A intenção é clara: intimidar o STF, descreditar seu relator e obter ganhos penais e políticos para si e para o grupo político ao qual pertence. Alexandre de Moraes é relator de inquéritos que envolvem Eduardo Bolsonaro e aliados na trama de tentativa de golpe de Estado e no funcionamento de milícias digitais antidemocráticas. A retaliação transnacional visa atingir diretamente essas investigações, alertou o líder.

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De acordo com Lindbergh, há evidências suficientes para justificar a prisão preventiva. “Trata-se de uma ofensiva articulada e confessa, cuja execução continua em curso, inclusive com novos desdobramentos no exterior”, declarou.

Nas suas redes sociais, o Eduardo reagiu à ação de Lindbergh e declarou que, com a representação, o PT “oferece à comunidade internacional mais uma prova, clara e incontestável” de que o judiciário brasileiro foi “sequestrado por Alexandre de Moraes”.

Leia a íntegra da representação contra Eduardo Bolsonaro.

Fonte: Carta Capital

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