Luana Piovani comenta sobre a condenação de Léo Lins: “Não considero oito anos um valor baixo”
Atriz rebateu defesas a humorista e declarou que a atitude pode dificultar o combate à violência contra grupos mais vulneráveis.

A atriz Luana Piovani comentou a sentença de oito anos e três meses de prisão do humorista Léo Lins por piadas preconceituosas.
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Em publicação nos stories do Instagram na quinta-feira (5), Piovani afirmou que considera justa a sentença determinada pela Justiça Federal. “Não acho pouco oito anos para uma pessoa que faz piada com minorias marginalizadas”, escreveu.
Essas decisões contribuem para diminuir a violência contra grupos vulneráveis.
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Apesar de concordar com a condenação, Piovani não acredita que a pena completa será aplicada ao humorista. “Ele é réu primário, branco, tem dinheiro e é famoso. Isso vai virar cesta básica ou serviço comunitário. A verdade é essa”, completou.
A atriz também criticou os artistas que se manifestaram em apoio ao comediante. “Só vi homem defendendo. Inclusive, homens que admiro. Provavelmente porque ainda não passaram por isso de perto. Se tivessem uma filha espancada ou uma irmã estuprada, talvez não achassem a pena exagerada”, declarou.
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Artistas de renome, incluindo Marcos Mion, Rafinha Bastos, Danilo Gentili, Fabio Rabin, Diguinho Coruja e Maurício Meirelles, expressaram apoio ao humorista, denunciando a “criminalização do humor”.
Apesar de suas declarações em favor de León, alguns identificaram a natureza ácida de suas piadas.
A condenação de Léo Lins foi determinada pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em resposta a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
O comediante respondeu judicialmente por um vídeo em seu canal do YouTube que continha piadas direcionadas a grupos como negros, indígenas, pessoas com deficiência, idosos, nordestinos, judeus, evangélicos, homossexuais e soropositivos.
A retirada judicial do vídeo em questão ocorreu após ele já ter atingido mais de três milhões de visualizações.
O Tribunal fixou a execução da pena em regime fechado, somada à multa de cerca de R$ 1,4 milhão e à indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.
A decisão judicial ressaltou que o conteúdo do evento não apenas ridicularizava grupos vulneráveis, mas também estimulava a violência verbal e a intolerância. “O humor não é uma justificativa para praticar crimes de ódio, preconceito e discriminação”, consta em um trecho da sentença.
Léo Lins afirmou, em declaração da tarde de quinta-feira, que encarna um personagem em suas apresentações e utiliza ironias e recursos da linguagem. O humorista também ressaltou que nem todas as piadas são adequadas para todos os públicos, e definiu seu estilo como “ácido e crítico”.
Informações de Felipe Souza e Rafael Villaroel, da CNN.
Fonte por: CNN Brasil