O presidente da Bolívia, Luis Arce (MAS, esquerda), anunciou na terça-feira (13.mai.2025) que desistiu de concorrer à reeleição no pleito de agosto. Arce foi proclamado candidato pelo seu partido, o Movimento ao Socialismo.
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Arce enfrenta uma grave crise econômica na Bolívia devido à escassez de dólares e de combustíveis, o que afetou sua popularidade. Na última pesquisa eleitoral, divulgada em 27 de março pela Captura Consulting, o atual presidente apresentava apenas 1% das intenções de voto. Andrônico Rodríguez, atual presidente do Senado boliviano e integrante do MAS, oficializou sua candidatura no sábado (10.mai) e liderava as intenções de voto com 18%.
Ao renunciar à reeleição, Arce solicitou que Rodríguez “assumisse o desafio de atuar em nome do povo”. O presidente atual pediu que o ex-líder boliviano Evo Morales, que declarou em fevereiro sua intenção de concorrer, não “insistisse em ser candidato”. Segundo Arce, possuir duas candidaturas dividiria a esquerda e fortaleceria a direita.
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Lança um desafio ao ex-presidente Evo Morales de não insistir em ser candidato à Presidência, 1º porque constitucionalmente ele não pode. E, depois, porque a fragmentação do voto só favoreceria a direita. Faço um apelo ao companheiro Andrônico para assumir o desafio de pensar e atuar em função da unidade do povo.
O presidente da Bolívia declarou o desejo por “a mais ampla unidade da esquerda” e espera que exista um único candidato apto a superar a oposição.
Morales busca retomar o cenário político através da Frente para a Vitória, contestando uma decisão judicial que o exclui das eleições. Ex-presidente central na política boliviana, ele decidiu lançar sua candidatura fora do MAS.
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Já possuímos o partido para concorrer às eleições deste ano. Agora, com a Frente para a Vitória, vamos vencer novamente as eleições nacionais”, declarou Morales em fevereiro.
Fonte: Poder 360