Luis Arce anuncia que não buscará a reeleição na Bolívia
O presidente instou ex-aliado e atual desafeto Evo Morales a desistir da disputa.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou que não buscará a reeleição nas eleições de agosto. A decisão ocorreu após ser indicado como candidato à presidência pelo partido Movimento ao Socialismo (MAS).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em terça-feira, 13, Arce comunicou que não concorre mais, enviando uma mensagem a Evo Morales, seu antigo aliado e atual adversário político, na qual manifesta a intenção de buscar um novo mandato – algo que, em teoria, ele não poderia, conforme a Constituição do país.
O presidente lança um desafio ao ex-presidente Evo Morales, para não insistir em ser candidato à presidência. Primeiro, porque constitucionalmente não pode; segundo, porque a fragmentação dos votos só vai favorecer a direita.
LEIA TAMBÉM:
● Israel continua a intensificar sua ofensiva em Gaza, mesmo com o aumento da pressão internacional por um fim imediato dos combates
● Trump afirma que conversará com Putin para pôr fim ao “banho de sangue” na Ucrânia
● Militares e apoiadores de Evo Morales demonstram na Bolívia em apoio à sua candidatura
Em março deste ano, Evo anunciou a criação de um novo partido, o Evo Pueblo (Evo Povo), após deixar o MAS. Dada a demora no processo de registro, ele informou que irá concorrer por outra sigla, a Frente para a Vitória.
O cenário político boliviano apresenta Evo como figura central. Nos últimos meses, ele foi alvo de mandado de prisão, acusado de tráfico de pessoas com a participação de uma menor de idade. O Judiciário decretou a prisão preventiva de uma juíza, que revogou a ordem de detenção contra o ex-presidente.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Arce defende uma candidatura de consenso das forças de esquerda. Ele declara que renuncia para evitar ser fator de divisão do voto das camadas populares, e não deseja dar espaço para um projeto de direita fascistóide no país.
Sugiro uma frente de esquerda ampla, que una organizações sociais e o povo em torno de um programa para progredir, unindo forças a um candidato com maiores chances de derrotar os setores corruptos da Bolívia.
Fonte: Carta Capital