O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (28.jul.2025) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não merece o sacrifício do povo brasileiro. Ele reiterou a responsabilidade dos Bolsonaros pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida prometida para 1º de agosto por Donald Trump (Partido Republicano), presidente dos Estados Unidos.
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O petista declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não merece o sacrifício do povo brasileiro. Ele não será julgado pelo governo, mas sim pela Justiça. Foi lamentável que a situação tenha ocorrido.
Lula reiterou que a conduta de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já afirmou que as tarifas poderiam ser reduzidas com uma anistia para seu pai e outros envolvidos no processo que enfrenta por tentativa de golpe de Estado, “é uma falta de vergonha, de caráter, de patriotismo”.
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Ele está se referindo à [taxação] como sendo o desejo do [Eduardo] e do [Bolsonaro]. Em outras palavras, são aqueles que faziam campanha com discursos patrióticos, como “Brasil acima de tudo, Brasil acima de tudo”, e agora agem com arrogância, priorizando os interesses dos Estados Unidos.
O petista reiterou que não deseja discutir, mas sim negociar. Afirmou que almeja realizar comércio e que não tem “indolência” para conversar.
Faltam dois mercados para atingir 400. Celebrarei como Pelé [comemorou] os 1.000 gols dele ao completar essa marca. Não é fácil abrir 400 mercados. É muita conversa, é muito telefonema, é muita carta. Envio cartas para todos os presidentes sobre todos os assuntos. Se tem uma coisa que ninguém me pega, é com preguiça de conversar. Porque Deus me deu uma boca e uma língua para falar, disse.
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O período de seis meses de isolamento.
Apesar de afirmar que o governo Lula tem se esforçado para negociar “sem qualquer contaminação política ou ideológica” desde 9 de julho, quando Donald Trump anunciou a tarifação, os atos e declarações do presidente, de integrantes do PT e do governo não têm seguido essa orientação.
O cenário para uma possível negociação de alto nível se deteriorou. Essa piora foi percebida também em Washington devido a algumas decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O petista manifestou interesse em realizar uma reunião direta com Trump a partir da posse do norte-americano (em 20 de janeiro). Declarou que não teria assunto relevante para discutir e estaria apenas contando piadas.
Transcorreram seis meses de distanciamento entre o Brasil e os Estados Unidos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou não ter conseguido ser recebido pelo chefe do Departamento de Estado norte-americano, Marco Rubio.
O presidente brasileiro afirmou, na semana passada, que Trump estava blefando ao impor tarifas, em referência ao jogo de cartas truco, onde o blefe é uma estratégia fundamental. Em resumo, o presidente brasileiro sugeriu que o norte-americano estava blefando.
O petista também reclama que ninguém atende aos pedidos de conversa com o Brasil, sem relembrar que em 2024 afirmou que Trump era uma espécie de fascismo e nazismo com nova cara.
Fonte por: Poder 360