Lula afirma que não entrará em contato com Trump devido a tarifas, mas para convidá-lo à COP30: “Quero saber o que ele pensa do clima”

O chefe do executivo declarou que não adotará medidas de represália em resposta ao aumento de tarifas, mas exige respeito e garante que haverá contato d…

05/08/2025 17h14

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
DF - LULA/SANÇÃO PL ANIMAIS TESTES COSMÉTICOS - POLÍTICA - Foto, Presidente Lula. Nesta quarta (30) o Presidente Lula sanciona Projeto de Lei nº 3.062/2022 dispõe sobre a proibição do uso de animais em ensino, pesquisa e testes com cosméticos, e aumenta multas por infrações. 30/07/2025 - Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Em meio à tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (5) que não pretende ligar para Donald Trump para negociar tarifas, mas sim para convidá-lo à COP30, conferência climática da ONU que será realizada em Belém (PA) em 2025. “Eu não vou ligar para o Trump para comercializar, não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP, porque quero saber o que ele pensa da questão climática”, declarou Lula durante a 5ª Reunião Plenária do Conselho, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A declaração foi feita na véspera da implementação de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, incluindo pneus. A partir desta quarta-feira (6), as alíquotas podem chegar a até cinquenta por cento, afetando setores estratégicos da economia nacional. Apesar do impacto esperado, Lula indicou que não pretende retaliar os norte-americanos neste momento e optou por uma abordagem diplomática. O presidente também disse que pretende contatar outros líderes mundiais: “Vou ligar para ele, para o Xi Jinping, para o primeiro-ministro Modi. Só não vou ligar para Putin porque o Putin não está podendo viajar.”

Atenção aos Estados Unidos e questionamentos sobre o protecionismo.

Na avaliação do presidente, as medidas tarifárias americanas têm fundo político e estariam relacionadas ao fortalecimento da posição internacional do Brasil. Lula citou como exemplo os acordos com a União Europeia, negociados por meio do Mercosul. “Isso começa a assustar pessoas que acham que são donas do mundo. Como aparece um país que até ontem era tratado como república de bananas querendo falar grosso?”, questionou Lula.

LEIA TAMBÉM:

Durante a convenção do Partido dos Trabalhadores no domingo (3), o presidente já havia mencionado que há limites para o que pode dizer publicamente em relação à crise com os EUA: “Não posso falar tudo que acho que devo falar, tenho que falar o que é possível falar, o que é necessário”.

Desejamos respeito: Lula nega provocação e critica relações entre política e economia.

Lula declarou que sua posição é orientada pelo princípio da “igualdade de condições” nas relações exteriores e criticou a tentativa de associar disputas políticas à imposição de sanções econômicas: “Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os Estados Unidos são um país muito grande, a nação mais poderosa do mundo em termos militares, tecnológica e econômica. Tudo isso é fundamental, mas almejamos ser reconhecidos pelo nosso tamanho. Possuímos interesses econômicos, interesses estratégicos e buscamos um desenvolvimento contínuo, sem ser um pequeno estado.

A COP30, que ocorrerá no território brasileiro, está prevista para novembro de 2025. Lula já afirmou que pretende aproveitar a cúpula para promover o protagonismo do Brasil nas discussões climáticas e ampliar o diálogo com os principais líderes globais.

Fonte por: Jovem Pan

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.