Lula afirma que, se as grandes empresas de tecnologia não desejarem regulamentação, devem deixar o Brasil
O chefe do Executivo manifestou o desejo de que as empresas cumpram a legislação nacional, classificando como “incabível” a referência feita por Trump.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na quarta-feira (6.ago.2025), que se as empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, não desejarem ser reguladas no Brasil, que deixem o país. Em entrevista à Reuters, o petista declarou somente querer que as empresas cumpram a legislação brasileira.
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O país é soberano, este país tem uma Constituição, tem uma legislação. Agora, é da nossa obrigação regular o que quisermos regular de acordo com os interesses e a cultura do povo brasileiro. Se não quiser regulamentação, que saiam do Brasil, não existe outro mecanismo. Da mesma forma que lá, nos EUA, uma empresa brasileira é obrigada a seguir a legislação americana.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), mencionou ações judiciais contra empresas norte-americanas desse grupo como uma das razões para aplicar uma tarifa de 50% em diversos produtos brasileiros. Lula considerou o fato “incabível”.
Este é um dos tópicos proibidos por serem considerados “políticos” na negociação com os EUA. O governo brasileiro só aceita negociar termos econômicos das tarifas.
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Na apuração conduzida pelo USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA), os norte-americanos afirmam que irão analisar medidas adotadas pelo Brasil que possam “prejudicar” empresas de tecnologia norte-americanas. Leia a íntegra da decisão (PDF – 192 kB).
O USTR é um órgão da administração federal dos EUA que não tem equivalente na estrutura do governo do Brasil. Em tradução literal, é o Representante do Comércio dos Estados Unidos. Na prática, é algo como um ministério do comércio exterior.
Em 21 de julho, Lula afirmou que a liberdade de expressão não é autorização para cometer crimes.
Após reunião de alto nível sobre a defesa da democracia no Chile, o petista afirmou que uma regulamentação das plataformas digitais pode retornar à capacidade dos governos nacionais de protegerem seus cidadãos.
Fonte por: Poder 360