Lula argumenta pela necessidade de regulamentação das redes e afirma que o mundo vivencia um contexto de intensificação de disputas
O comunicado foi feito à imprensa após encontro com o presidente do Equador, Daniel Noboa; o equatoriano agradeceu ao brasileiro pela conversa e assegur…

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em declaração à imprensa após reunião com o presidente do Equador, Daniel Noboa, que a regulamentação das redes sociais é o grande desafio contemporâneo de todos os Estados. Segundo o presidente, nossas sociedades estarão sob constante ameaça sem a regulamentação das big techs. Lula disse ter falado a Noboa, durante a reunião que tiveram na manhã desta segunda-feira (18), no Palácio do Planalto, sobre a “urgência com que o governo e a sociedade brasileira vêm procurando enfrentar a criminalidade na esfera digital”.
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As sociedades enfrentarão constante ameaça sem a regulação das grandes empresas de tecnologia. Esse é o grande desafio contemporâneo de todos os Estados. As redes digitais não devem ser terra sem lei, em que é possível atentar impunemente contra a democracia, incitar o ódio e a violência. Erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes é uma imposição moral e uma obrigação do poder público.
Lula não citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ou a tarifação imposta pelos norte-americanos ao Brasil. Alegou, contudo, que o cenário global atual é “desafiador” e que há “rivalidades (que) se agravam”. “Em um cenário global desafiador, em que rivalidades se agravam e instituições multilaterais são ameaçadas é preciso firmeza na defesa da nossa independência. Para o Brasil, autonomia é sinônimo de diversificação de parcerias”.
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O presidente brasileiro agradeceu pela oportunidade de reaproximar dois países amigos e declarou-se “muito feliz” com o apoio do Equador, dentro da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciada pelo governo brasileiro em 2024.
Daniel Noboa agradeceu ao presidente Lula pela reunião e defendeu abandonar a “discussão ideológica”. Noboa foi eleito presidente do Equador pela aliança de direita Ação Democrática Nacional. “Nas nações, nos últimos anos, nos acostumamos a dar as costas aos nossos vizinhos, e precisamos acabar com isso. É preciso ver a América Latina como uma região única, e temos uma oportunidade de ouro para torná-la uma potência na área de justiça, dignidade e oferecer aos nossos filhos uma vida melhor. É isso que nos une. A discussão ideológica é página virada. Precisamos buscar soluções para as pessoas, procurar entender as prioridades da sociedade”.
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Com informações do Estadão Contido
Publicado por Nícolas Robert
Fonte por: Jovem Pan