Lula argumenta que as críticas à viagem à Rússia são uma “exploração política”

O presidente afirmou não identificar “qualquer tipo de crítica” às celebrações do governo russo em comemoração aos 80 anos da derrota do nazismo.

10/05/2025 7h03

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificou sua visita à Rússia e o encontro com o líder Vladimir Putin, classificando as críticas à sua presença na parada militar que comemorou os 80 anos da derrota dos nazistas como “exploração política”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A visita de Lula a Moscou e seu encontro com Putin geraram críticas em alguns setores no Brasil e no exterior, sendo que representantes do governo ucraniano, por exemplo, declararam que o líder brasileiro não possui mais condições de tentar mediar um acordo de paz entre as partes.

Adicionalmente, setores da oposição no Brasil questionaram a participação do presidente em um evento com líderes como Nicolás Maduro, da Venezuela, e Aleksandr Lukashenko, da Bielorrússia.

Leia também:

Ele afirmou não enxergar qual seria a crítica a um país que perdeu 26 milhões de jovens (durante a Segunda Guerra Mundial) em relação à celebração que ocorreu.

Lula afirma que as críticas decorrem de exploração política e que sua ida a Moscou era importante. “Se tudo for exploração política, você não pode fazer nada”, declarou, assegurando que sua presença nas comemorações não o desqualifica como potencial mediador da paz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A posição do Brasil é extremamente sólida. independentemente de eu estar aqui, de eu ir para a China, para a Argentina, ou para qualquer outro país, nossa posição em relação à guerra da Ucrânia permanece a mesma: desejamos paz.

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa antes de sua viagem à China, próxima etapa de sua agenda.

Ao ser questionado sobre o impacto de sua visita à Rússia em meio ao conflito, Lula afirmou que fez questão de vir aqui para dizer que o Brasil está defendendo o fortalecimento do multilateralismo.

Ele também criticou o avanço do protecionismo: “Querer voltar à teoria do protecionismo não interessa a ninguém, a não ser a quem propôs a ideia.”

O presidente afirmou ter conversado diretamente com Vladimir Putin, em encontro bilateral na quinta-feira (9), sobre o anseio do Brasil por uma solução pacífica para o conflito.

Ele afirmou que manterá seu trabalho e apoio à paz e ao encerramento do conflito na Europa, disponibilizando-se para auxiliar na facilitação do diá“desde que ambas as partes desejem a paz”.

Lula afirmou que toda a Europa deveria estar celebrando o dia anterior, em resposta à questão sobre as comemorações dos 80 anos da vitória da Segunda Guerra Mundial realizadas na Rússia.

Ademais, censurou os elevados investimentos de nações em armamentos, ressaltando que os recursos poderiam ser destinados a outras prioridades mundiais, incluindo o enfrentamento da fome.

Fonte: CNN Brasil

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.