Lula assina decreto para controlar preços de alimentos: impacto limitado no mercado

Controle de preços em alimentos: medidas não impactam custos, aponta análise. Medida do PT visa reduzir custos para comerciantes, mas não altera produção.

12/11/2025 15:10

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Lula assina decreto para controlar preços de alimentos: impacto limitado no mercado
(Imagem de reprodução da internet).

Em meio a discussões sobre o controle de preços, analistas e especialistas avaliam o impacto de recentes medidas no mercado de alimentos. A expectativa inicial de redução de custos não se concretiza, considerando a complexidade dos fatores que influenciam o preço dos alimentos no país.

Análise de Especialistas

Pesquisadores do Centro de Estudos do Agronegócio da FGV (FGV Agro) e consultores econômicos apontam que a medida, embora possa beneficiar a liquidez dos comerciantes, não altera os custos de produção e não deve impactar diretamente os preços dos alimentos.

A inflação dos alimentos já está desacelerando, especialmente desde o segundo semestre, conforme aponta Felippe Serigati.

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Modernização do PAT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), estabelecendo um teto de 3,6% nas taxas cobradas de restaurantes, mercados e outros estabelecimentos comerciais. A medida visa reduzir custos para os comerciantes que recebem vendas por vale-refeição ou alimentação, mas não afeta diretamente trabalhadores e empregadores.

Dados Inflacionários

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou desaceleração em outubro, com uma variação de 0,09%, após 0,48% em setembro. O grupo alimentação e bebidas, que tem maior peso no indicador, ficou praticamente estável, com uma variação de 0,01%.

Essa foi a primeira alta desde maio.

Variações nos Preços no Domicílio e Fora do Domicílio

A alimentação no domicílio registrou queda de 0,16%, impulsionada pela redução de arroz (-2,49%) e leite longa vida (-1,88%), enquanto a batata-inglesa subiu 8,56% e o óleo de soja aumentou 4,64%. A alimentação fora do domicílio acelerou, passando de 0,11% em setembro para 0,46% em outubro.

Cálculos e Estimativas

O mercado de vale-refeição, estimado em R$ 170 bilhões, pode gerar uma economia de R$ 4,25 bilhões se a taxa de desconto cair 2,5 pontos percentuais. No entanto, esse benefício seria diluído ao longo de 1 a 2 anos, considerando o faturamento anual do setor de R$ 480 bilhões.

Conclusão

Apesar das iniciativas, o cenário econômico do setor alimentício é influenciado por diversos fatores, como oferta e demanda, custos logísticos e flutuações cambiais. As medidas de controle de preços, embora importantes para estimular a concorrência, têm um impacto limitado quando comparadas à complexidade do mercado.

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