Lula classificou a explicação como “quase um IOF do IOF”, critica Eduardo Gomes
Senador critica ausência de diácom o Congresso e afirma que há um clima de retorno da proposta.

O senador Eduardo Gomes (PL-TO) criticou, na terça-feira (3.jun.2025), a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), entre outros temas. Auxiliares do presidente divulgaram que a medida seria revertida, em razão da reação negativa do Congresso.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Para Eduardo Gomes, a condução do tema pelo Planalto fragilizou ainda mais o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e demonstrou “falta de diá” com o Congresso.
A entrevista de Lula aos jornalistas se assemelhou a um IOF a outro IOF. Há falta de conhecimento até entre lideranças do governo. Se o próprio presidente declara que a solução fica para domingo, é porque a situação é muito mais grave do que aparenta, afirmou o congressista do Fórum de Seguros França-Brasil, da CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), em Paris.
LEIA TAMBÉM:
● Escassez de alimentos em Gaza provoca desnutrição “fatal”, alerta a OMS
● Taiwan acusa China de interferência em véspera de referendo
● Tribunal de Hong Kong autoriza o uso de banheiros de acordo com a identidade de gênero
O governo Lula propôs o imposto como forma de aumentar em R$ 20 bilhões a arrecadação e concluir o ano dentro da meta fiscal. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), estabeleceram o dia 9 como prazo para que o governo apresente uma alteração. Contudo, a oposição não deseja aguardar.
“A discussão é muito mais sobre reafirmar a posição do que avaliar qualquer modificação”, declarou Gomes.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O senador também criticou a proposta, levantada pela equipe econômica, de alterar fundamentos constitucionais em saúde e educação. “Essas soluções rápidas frequentemente prejudicam o debate. Sem uma sugestão mais abrangente, com diáqualquer ação irá fracassar”, declarou.
Gomes, em tom crítico, comparou a situação atual à tentativa de taxar o Pix, revertida após ampla reação da sociedade contra a medida. “O IOF é um assunto sensível, popular. Assim como foi o Pix, qualquer mexida sem cuidado tende a ser rejeitada pela população”.
O senador Eduardo Gomes integrou nesta quarta-feira (4.jun) do Fórum de Seguros França-Brasil, da CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), em Paris. O evento reuniu representantes do setor público e privado dos dois países para abordar questões como mudanças climáticas, inteligência artificial, seguros abertos e investimentos em infraestrutura.
O senador, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o deputado federal Fernando Monteiro (Republicanos-PE), além de executivos do setor de seguros, representantes de entidades internacionais e técnicos da CNseg e da France Assureurs, a federação francesa do setor, também participaram do evento.
O programa incluiu quatro painéis temáticos com a presença do presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, e de nomes como Ricardo Alban (CNI), Marie-Aude Thépaut (CNP Assurances) e Florence Lustman (France Assureurs).
A programação completa:
Abertura
Painel 1 – Seguro e Clima em Transformação
Painel 2 – Regulamentação de IA, cibersegurança e combate à fraude
Seguros Abertos – Desafios e Oportunidades
Painel 3 – Seguros e Investimentos em Infraestrutura
O repórter viajou a Paris por intermédio da CNSeg.
Fonte por: Poder 360