Lula, Collor, Bolsonaro, uma geração que se vai

Cada um à sua maneira e todos insatisfeitos.

02/05/2025 5h39

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Não se trata de uma questão de idade – Lula da Silva, pernambucano, com 79 anos, Fernando Collor, carioca, com 75 e Jair Bolsonaro, paulista, com 70. Trata-se do declínio político que os força a sair de cena, cada um à sua maneira, mas não ao seu bel prazer.

Apesar de ser o mais idoso, Lula apresenta melhor condição de saúde. Superou um câncer que ameaçou sua voz, seu principal meio de trabalho, e se recuperou de uma queda com hemorragia intracraniana, por pouco não lhe custando a vida.

Segundo médicos, Collor sofre de Parkinson, transtorno que causa alterações bruscas de humor, incluindo fases de euforia e depressão, doença que acomete 140 milhões de pessoas no mundo. Também apresenta apneia obstrutiva do sono, caracterizada por roncos intensos.

Operando pela sexta vez após a facada em Juiz de Fora que o auxiliou na eleição presidencial, Bolsonaro sofre de grave obstrução intestinal. Não devido à agressão, mas por negligência em sua saúde. Pode sucumbir se submetido a novas cirurgias.

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Condenado por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro é aspirante a cumprir pena em casa, algemado a uma tornozeleira eletrônica. Se Collor obteve tal privilégio, por que Bolsonaro será tratado de forma diferente?

A trajetória política de Collor chegou ao fim, independentemente de quantos anos permaneceu isolado em seu apartamento à beira-mar em Maceió. Bolsonaro está inelegível até 2030. Sua inelegibilidade se ampliará após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal.

A menos que ocorra uma eventualidade de saúde, Lula concorreria à presidência do Brasil pela quarta vez. Todas as eleições presidenciais com sufrágio universal desde o término da ditadura militar de 1964 foram marcadas pela presença de Lula. Ele disputou seis eleições e venceu três.

Não só: elegeu Dilma duas vezes, e só não se elegeu preso porque a Justiça não deixou. Em 2018, Lula liderou todas as pesquisas de intenção de voto até final de agosto. Com seu apoio, Fernando Haddad foi para o segundo turno contra Bolsonaro.

Mesmo os oponentes mais críticos reconhecem que Lula tem uma posição garantida no segundo turno das eleições de 2026. No entanto, até seus apoiadores concordam que as chances de vitória dele foram maiores. A realidade é que o cenário global transformou-se e Lula não percebeu essa mudança.

Em São Paulo, no dia 1º de maio do ano passado, Lula declarou-se diante de cerca de duas mil pessoas.

A minha preocupação ao retornar ao governo era competir com os dois primeiros mandatos. Atualmente, posso afirmar que faremos um mandato superior aos anteriores.

Não faz, e não é só por culpa dele. Mas em grande parte sim. Novamente: o mundo mudou a uma velocidade extraordinária e Lula enfrenta sérios problemas de conexão.

O líder sindical mais importante que o país já teve, o fundador do Partido dos Trabalhadores, o presidente mais admirado, preferiu se comunicar com os trabalhadores remotamente, evitando um possível insucesso em um evento público.

 

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Fonte: Metrópoles

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