Lula critica a interferência dos EUA nos minerais estratégicos do Brasil: “Ninguém se envolve”
O encarregado de negócios e embaixador interino dos EUA no Brasil declarou, na quarta-feira, interesse em estabelecer acordos de exploração de terras ra…

O presidente Lula (PT) criticou, na quinta-feira 24, o interesse dos Estados Unidos em explorar minerais estratégicos no Brasil. A declaração foi feita em um evento do governo realizado em Minas Gerais.
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Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês [EUA] querem para proteger. E aqui ninguém cê põe a mão. Este país é do povo brasileiro, disse Lula em um discurso feito na cidade de Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha.
A declaração do brasileiro ocorre logo após o encarregado de negócios e embaixador interino dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, informar em reunião no Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) que seu país tem interesse em firmar acordos com o setor mineral brasileiro, principalmente em relação aos minerais críticos e estratégicos. Estima-se que 10% das reservas globais desses recursos estejam no Brasil.
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O conselho liderado por Raul Jungmann, após receber o pedido do norte-americano, comunicou que o assunto foi direcionado ao setor mineral para análise. O Ibram também defende que a decisão final sobre a exploração de minérios no país cabe ao governo federal, conforme estabelece a Constituição.
A declaração ocorre também em meio à escalada de tensões entre os dois Países causada pela decisão do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os EUA. A nova taxação deve entrar em vigor no dia 1º de agosto.
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Lula, nessa situação, tem enfatizado a defesa da soberania nacional, que também aparece em anúncios do governo e em itens como bonés usados por ele e seus companheiros no evento de quinta-feira. O item, nas cores verde e amarelo, continha frases como “Minha bandeira é do Brasil” e “Make Brasil Lula Again”, uma sátira ao slogan tradicional do trumpismo.
Fonte por: Carta Capital