Lula critica, Boulos e Hoffman comemoram prisão de Bolsonaro em STF

Ministros divergem sobre prisão de Bolsonaro: Boulos e Hoffman criticam; Lula pede cautela. STF decreta preventiva após processo por tentativa de golpe.

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(Imagem de reprodução da internet).

Apesar do pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que aliados não comemorassem a detenção de Jair Bolsonaro, os ministros Guilherme Boulos e Gleisi Hoffman utilizaram as redes sociais para comentar o fato. A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais adotou uma postura mais cautelosa, elogiando a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República no processo. “A prisão preventiva de Jair Bolsonaro segue rigorosamente os ritos do devido processo legal, sendo observada em cada etapa da ação penal contra a tentativa de golpe de estado no Brasil”, declarou a ministra.

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Reações Divergentes

Contrariando o tom da ministra, Gleisi Hoffman, em suas postagens, chamou Bolsonaro de “chefe da organização golpista”, refletindo uma visão mais crítica da situação. A ministra, por sua vez, buscou enfatizar a legalidade do processo, buscando tranquilizar o cenário político.

Reações do Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência

Já o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência utilizou uma linguagem mais celebratória, afirmando que a prisão de Bolsonaro representa “um grande marco para a nossa história” e exclamando “Ditadura nunca mais”. Essa postura contrastava com a adotada por outros membros do governo.

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Detalhes da Prisão e Decisão do STF

A prisão do ex-presidente foi motivada pela “garantia da ordem pública”, segundo a Polícia Federal. A decisão do STF, por 4 votos a 1, condenou Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado.

Prisão Condicional e Possíveis Recursos

Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais não serão presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, as prisões poderão ser efetivadas.

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Pedido da Defesa e Próximos Passos

Na última sexta-feira, a defesa do ex-presidente havia solicitado que o capitão cumprisse a sua pena de 27 anos e três meses em casa, alegando que ele não teria condições físicas para ser encaminhado a um presídio comum, o que apresentaria risco à sua vida.

A defesa também pretende recorrer da decisão utilizando embargos infringentes ao STF.

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