Lula critica o PT e sugere desenvolver um discurso para atrair evangélicos e empresários
O ex-presidente Lula fez uma análise autocrítica do partido dos trabalhadores (PT) e incentivou a criação de um discurso que seja capaz de conquistar o apoio tanto da comunidade evangélica quanto de empresários.
O presidente Lula reconheceu que o PT precisa melhorar na forma como se comunica com os evangélicos e empresários, visando as eleições municipais de 2024.
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Nós temos que nos perguntar por que um partido que, muitas vezes nos discursos, pensa que tem toda a verdade do planeta, só conseguiu eleger 70 deputados. Por que tão pouco se a gente é tão bom? Por que tão pouco se a gente acha que poderia ter muito mais? É preciso que a gente tente encontrar a resposta dentro de nós
Nesta sexta-feira (8), o ex-presidente Lula participou da Conferência Eleitoral PT 2024, que aconteceu em Brasília.
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Em seu discurso, Lula questionou se o partido está “falando aquilo que o povo quer ouvir de nós”. “Será que nós estamos tendo competência para convencer o povo das nossas verdades? Ou será que nós temos que aprender com o povo como é que a gente fala com ele?”
Ele, então, perguntou como é que o PT “vai chegar aos evangélicos”. “É uma narrativa, temos que aprender para conversar com essa gente, essa gente trabalhadora, gente de bem”, disse. “Precisamos aprender a construir um discurso para falar com essa gente”.
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Lula também falou que o partido precisa convencer “pequeno e médio empresário” a votar no PT. “Você pega as pesquisas de opinião pública, e a gente está percebendo que quem voto majoritariamente no PT são pessoas que ganham até dois salários mínimos. O metalúrgico de São Bernardo que ganha R$ 8 mil já não quer mais votar na gente”.
As pessoas que ganham mais de cinco salários mínimos têm dificuldade em votar em nós. Isso não significa que elas são más. Possivelmente elas melhoraram um pouco o seu padrão de vida e educação, e nós não sabemos como dialogar com elas.
Segundo o ex-presidente Lula, as eleições municipais serão uma oportunidade para o partido debater a política nas cidades. Ele também sugeriu que, caso o PT não tenha um candidato forte, deve buscar um aliado para apoiar.