Lula defende a união da América Latina e a colaboração com a China em encontro em Pequim
O presidente afirmou, em reunião da Celac-China, que a região manterá sendo “a pobreza no mundo” sem maior cooperação entre os países.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a integração entre os países da América Latina e uma forte parceria comercial e estratégica com a China em seu discurso na reunião de cúpula entre a Celac e o governo chinês.
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Lula defende que a América Latina só se desenvolverá e progredirá por meio da integração entre os países da região.
Não existe saída para nenhum país da América Latina individualmente. Temos 500 anos de história que comprovam isso. Ou nos juntamos, juntos, e buscamos parceiros que queiram, junto conosco, construir o mundo compartilhado, ou a América Latina tende a continuar sendo uma região que representa a pobreza no mundo de hoje.
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O presidente brasileiro afirmou que a China desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico da região, contribuindo para a redução das desigualdades sociais no início do século XXI por meio do comércio e de investimentos.
Ele afirma que essa evidência é mais notável no setor de infraestrutura, onde o apoio chinês permanece e foi essencial.
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Lula reiterou sua defesa do multilateralismo e do comércio livre, sustentando que é necessário possuir intercâmbios justos entre os países.
Além do líder brasileiro, os presidentes de esquerda do Chile, Gabriel Boric, e da Colômbia, Gustavo Petro, estavam presentes no encontro. O presidente chinês, XI Jinping, anfitrião do evento, também proferiu um discurso.
Ele afirmou que seu governo apoia as nações da América Latina e do Caribe na expansão de sua influência no cenário multilateral.
A defesa do multilateralismo tem sido um ponto de grande convergência entre Brasília e Pequim, notadamente após a aplicação de tarifas unilaterais pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, sobre as exportações de diversos países.
O comércio entre a China e a América Latina superou US$ 500 bilhões no ano passado, conforme declarado pelo próprio XI.
A potência asiática também é o principal parceiro comercial do Brasil e de grande parte dos países do Mercosul.
Lula afirmou que o futuro e as aspirações dos países da América Latina dependem primordialmente de seus próprios líderes, mesmo buscando alianças.
O futuro da América Latina não depende do presidente Xi Jinping, do presidente dos EUA ou da União Europeia. Depende da vontade de ser grande ou de permanecer pequeno, declarou o líder brasileiro.
Fonte: CNN Brasil