O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu publicamente a exploração de petróleo na Margem Equatorial, especificamente na Foz do Amazonas, como uma estratégia para financiar a transição energética do Brasil. Essa declaração ocorreu em resposta a questionamentos sobre os estudos que a Petrobras está conduzindo na região, que abrange a costa entre o Amapá e o Rio Grande do Norte.
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Críticas Ambientais
A posição do presidente tem gerado forte oposição de grupos ambientalistas. A principal preocupação reside no potencial impacto da perfuração na fauna e flora locais, que se caracterizam por ecossistemas de alta sensibilidade e ainda pouco estudados.
Ativistas argumentam que a Petrobras não possuiria a capacidade de conter um vazamento de óleo de grande magnitude, o que poderia resultar em prejuízos ambientais sem precedentes para o país.
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Defesa da Petrobras
Em sua defesa, Lula afirmou que a Petrobras dispõe da infraestrutura e do conhecimento técnico necessários para evitar vazamentos e minimizar quaisquer danos ambientais. “É provável que seja a empresa com maior expertise em prospectar petróleo em águas profundas sem causar danos”, declarou o presidente.
Processo de Licenciamento
Lula ressaltou que a autorização concedida pelo Ibama se refere à fase de pesquisa e que a extração de petróleo, caso a viabilidade seja confirmada, dependerá de novas licenças. “O tempo entre a pesquisa e a obtenção do petróleo é considerável, pois exige novas autorizações para a realização das atividades”, explicou.
Transição Energética e Recursos Financeiros
O presidente argumentou que os recursos financeiros obtidos da exploração do que tem sido denominado “pré-sal amazônico” seriam cruciais para impulsionar a mudança da matriz energética brasileira. “Uma das formas que eu tenho dito é que devemos utilizar o dinheiro do petróleo para consolidar a transição energética no planeta”, concluiu.
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A expectativa é que os estudos da Petrobras na região durem aproximadamente cinco meses. A análise da viabilidade da extração de petróleo na Foz do Amazonas será realizada somente após a conclusão dessa fase.
