Encontro entre Lula e Papa Leão XIV gera declarações sobre fome e desigualdade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a forte “química” que sentiu durante seu encontro com o papa Leão XIV nesta segunda-feira (13). Embora o pontífice não possa comparecer à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em novembro, Lula expressou a esperança de que Leão XIV visite o Brasil em breve.
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“Houve muita química na minha relação com o papa. A relação humana é 80% química e 20% emoção e razão. Tinha lido o documento do papa antes de conhecê-lo. Parecia com alguém que já conhecia há 20, 30 anos”, afirmou Lula, referindo-se à exortação apostólica ‘Dilexi te’ de Leão XIV.
O presidente brasileiro comparou a interação com Leão XIV à sua relação com religiosos da Teoria da Libertação, como Leonardo Boff e Frei Betto, ressaltando a afinidade entre os propósitos do papa e a luta contra a fome e a pobreza. As declarações foram feitas durante o Fórum Mundial da Alimentação, promovido pela FAO, em Roma.
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Convite para a COP30 e a luta contra a fome
Lula revelou que convidou Leão XIV para a COP30, que ocorrerá em novembro no Pará. Apesar de o papa não poder comparecer devido a compromissos já assumidos, incluindo alguns do papa Francisco, ele manifestou a intenção de visitar o Brasil em outra ocasião.
O presidente também enfatizou a importância de despertar uma “indignação na humanidade contra a fome”. Segundo ele, a fome é um problema político, não econômico. “Se houver interesse político dos governantes do mundo, será possível garantir alimentação para os pobres”, afirmou.
Além disso, Lula reiterou seu compromisso de abordar a fome e a desigualdade em todos os fóruns que participar. Ele criticou o gasto excessivo em armamentos, afirmando que com uma fração desse valor seria possível alimentar milhões de pessoas em situação de fome.
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