Lula destaca o trabalho de Ancelotti e menciona “colheita delicada” de jogadores da seleção

Presidente afirma que a geração atual é inferior às equipes campeãs; petista propõe convocar apenas jogadores que atuam no Brasil.

13/05/2025 14h47

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, na terça-feira (13.mai.2025), durante sua participação no Fórum China-CELAC, em Pequim, que a principal questão da seleção brasileira de futebol, que será dirigida pelo técnico italiano Carlo Ancelotti, é a qualidade técnica do elenco.

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O problema do Brasil é que estamos em uma fase de transição de atletas que não se compara às ocasiões anteriores. Se compararmos com os anos de 1958, 1962, 1970, 1976, 1982, 1986 e 2002, com 2006, essa geração é mais vulnerável do que aquelas, sob a ótica técnica. Basta relembrar nosso ataque em 2002 e 2006 para perceber a distância.

Lula também destacou falhas estruturais no futebol brasileiro, que transcendem a atuação do técnico. “Nosso problema talvez seja mais estrutural, organizacional. É difícil juntar jogadores 15 dias antes de um jogo, o treinador ter dois dias para escalar o time e acreditar que vai vencer quando todo mundo se prepara melhor. Era preciso ter mais tempo para convocar”, afirmou.

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O presidente indicou ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, uma nova metodologia para as convocações. A proposta é selecionar os 22 jogadores mais eficientes ao término do Campeonato Brasileiro, considerando o desempenho individual. “Acho que seria melhor que a convocação atual”, afirmou Lula.

Ancelotti foi oficialmente anunciado como novo treinador da seleção brasileira na segunda-feira (12.mai.2025). Em entrevista pela manhã desta terça-feira (13.mai.2025), ainda como técnico do Real Madrid, o italiano confirmou que assumirá o comando da seleção em 2026.

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A íntegra da fala de Lula:

Considerando que o Ancelotti é um grande técnico, percebe-se que o Brasil encontra-se em uma fase de escassez de jogadores, inferior àquelas que já possuinte. Ao comparar essa geração com as anteriores, como as de 1986 e 2002, observa-se uma fragilidade no elenco.

É preciso lembrar do nosso desempenho em 2002 e 2006 para que ele compreenda que estamos distantes daquilo. Agora espero que, como é um cidadão estrategicamente bem preparado e taticamente muito bem preparado, ele consiga auxiliar a seleção brasileira. Primeiramente, deve classificar para a Copa do Mundo e, em seguida, se possível, conquistar a Copa do Mundo.

Eu não tenho nenhuma objeção em ser estrangeiro.

Considero que temos técnicos no Brasil que poderiam comandar a seleção. Talvez o nosso problema seja mais estrutural, de organização, para que possamos ter uma boa seleção. Acredito ser muito difícil juntar jogadores, treinar por 15 dias antes de um jogo e já escalar o time, acreditando que vai vencer, quando todos se preparam muito.

Acredito ser necessário ter mais tempo para convocação. Na verdade, já disse ao presidente da CBF: “Eu gostaria de fazer uma experiência convocando os melhores jogadores que terminam o Campeonato Brasileiro”. Terminou o Brasileiro, vamos selecionar os 22 melhores jogadores e fazemos uma seleção com eles para ver o que dá. Acredito que seria igual ou melhor.

Fonte: Poder 360

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