Lula envia ministro do Turismo a Belém para lidar com crise na hospedagem da COP-30

Dezenove delegações internacionais propuseram a alteração do local da cúpula climática, em virtude da falta de assegurações sobre instalações adequadas …

02/08/2025 7h52

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(Imagem de reprodução da internet).

Diante da pressão internacional em razão dos preços elevados de hospedagem em Belém durante a COP-30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou que o ministro do Turismo, Celso Sabino, viaje à capital paraense para tratar diretamente da questão. A conferência do clima da ONU está programada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro e será realizada, pela primeira vez, na Amazônia.

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A crise, que persiste há meses, atingiu o ponto máximo com o envio de uma carta por 29 delegações estrangeiras, sugerindo a alteração do local do evento, caso não haja garantia de acomodações adequadas e acessíveis. Entre os países mais críticos estão representantes do continente africano, que reclamam de preços excessivos cobrados por hotéis e imóveis divulgados em plataformas de locação temporária.

Sabino, que é paraense e também presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo, cancelou outros compromissos para liderar a negociação com o setor hoteleiro. Na sexta-feira (2), ele comunicou estar reunido com empresários locais para estabelecer acordos que assegurem preços mais adequados e a inclusão de parte dos quartos na plataforma oficial de hospedagem, com tarifas reduzidas e maior flexibilidade nas reservas.

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O Ministério do Turismo lançou o site oficial nesta sexta-feira, com 2.700 leitos disponíveis. A prioridade é atender as delegações envolvidas nas negociações oficiais da COP-30. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA) rebateu críticas de Andrê Corrêa do Lago, presidente da COP-30, e declarou que o setor foi solicitado a reservar 500 apartamentos subsidiados pela ONU para países em desenvolvimento.

O governo do Pará declara que novas soluções estão sendo implementadas, incluindo a construção do hotel Vila COP, com 405 leitos, e a adaptação de escolas estaduais para uso como modelo de “hostel”. Embarcações também foram contratadas para servir como hospedagem flutuante. Contudo, muitos anúncios ainda oferecem acomodações a preços considerados desproporcionais. Em junho, o governo federal propôs um Termo de Ajuste de Conduta com os setores hoteleiro e imobiliário, porém o acordo foi rejeitado. Um termo de compromisso menos rígido também não foi assinado.

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A demora no lançamento da plataforma oficial de hospedagem gerou especulações. O sistema deveria iniciar a operar entre março e junho, mas somente foi disponibilizado recentemente, com acesso restrito. A Secretaria Extraordinária da COP-30 afirma que o plano de acomodação será implementado por fases. Atualmente, estão disponíveis cerca de 2.500 quartos com tarifas entre US$ 100 e US$ 600. Delegações de países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares têm prioridade e acesso a diárias mais baixas.

Uma nova reunião da ONU para debater as condições de hospedagem, transporte, segurança e alimentação da conferência foi agendada para o dia 11 de agosto. Mesmo com as críticas, o ministro Celso Sabino declara que a cidade está preparada para o evento. Ele ressalta investimentos federais de mais de R$ 4 bilhões em infraestrutura, incluindo novos hotéis e melhorias que deverão ser finalizados até o Círio de Nazaré, em outubro.

Presidente da COP30 nega mudanças e afirma que evento permanecerá em Belém. COP30 pode sair do Brasil? Entenda o movimento para retirar a cúpula climática de Belém.

Felipe Dantas publicou.

Reportagem elaborada com a ajuda de inteligência artificial.

Fonte por: Jovem Pan

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