Lula participa da entrega de usina termelétrica movida a gás natural em Porto do Açu
A Termelétrica em São João da Barra (RJ) recebeu R$ 7 bilhões em investimentos e tem capacidade para atender a 8 milhões de residências.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou, na segunda-feira (28.jul.2025), a Usina Termelétrica GNA 2, situada no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).
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O projeto obteve investimentos de aproximadamente R$ 7 bilhões por meio do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Possui uma capacidade instalada de 1,7 GW, o que é suficiente para suprir a demanda de cerca de 8 milhões de residências.
A inauguração da usina termelétrica também teve a presença dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) e dos Transportes, Renan Filho (MDB).
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Expansão do portfólio de gás
O Porto do Açu já atraiu mais de R$ 60 bilhões em investimentos privados. De acordo com o governo federal, aproximadamente 50% do gás natural importado para o Brasil passa pelo terminal.
Silveira tem insistentemente reforçado a importância de aumentar a oferta de gás para diminuir os preços do insumo no mercado brasileiro.
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Em 16 de junho, durante o seminário “Gás para Empregar” em São Paulo, o ministro considerou os valores atuais como “absurdos” e nocivos à indústria nacional. Ele afirmou que setores intensivos em energia, como siderurgia, petroquímica e cerâmica, estão perdendo competitividade.
O preço do gás natural no Brasil é exorbitante e afeta negativamente nossa indústria intensiva em energia. É necessário pressionar a Vale para que briquetize minério de ferro no país, pagando US$ 14 por milhão de BTU (equivalente a 26,8 m³), ao passo que ela obtém o mesmo gás a US$ 4 em Omã.
O Brasil injeta nas reservas aproximadamente o dobro da média mundial de gás natural, devido ao fato de que grande parte da produção está relacionada ao petróleo do pré-sal. O gás é utilizado para sustentar a pressão dos reservatórios e otimizar a extração de óleo, prolongando a produtividade dos campos.
Essa prática diminui a oferta disponível no mercado interno e ajuda a sustentar valores elevados. Embora a queima do gás (flaring) seja mais vantajosa do ponto de vista ambiental, a reinjeção restringe o emprego do produto pela indústria e intensifica a pressão sobre a competitividade de setores com elevado consumo de energia.
Um outro aspecto é a ausência de infraestrutura para o escoamento da matéria-prima, visto que muitos estão situados distantes da costa e dependem de oleodutos dispendiosos e complexos de construção.
Para ele, projetos em curso, como o da petroleira norueguesa Equinor (18 milhões m³/dia adicionais ao sistema), a expansão das importações de Vaca Muerta, na Argentina, e a finalização do gasoduto Rota 3, podem contribuir para elevar a oferta.
Fonte por: Poder 360