Lula quer líder que goste de democracia na Argentina
14/11/2023 às 10h57
O presidente Lula (PT) afirmou que respeita o direito do povo da Argentina de votar no segundo turno das eleições deste domingo (19/11). Porém, ele pediu aos cidadãos que considerem a importância da democracia e da América Latina.
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“No Conversa com o presidente, hoje (14/11), gostaria de reforçar que o Brasil e a Argentina são países que dependem um do outro. É necessário ter um presidente que valorize a democracia, que respeite nossas instituições, aprecie a união entre os países do Mercosul e da América do Sul, e que busque fortalecer essa parceria.”
“Se a gente briga, não vai a lugar nenhum”, ressaltou Lula. “Juntos, somos fortes. Separados, somos fracos”, acrescentou. O presidente também destacou a boa relação diplomática construída entre os dois países.
Neste fim de semana, os argentinos terão que escolher entre Javier Milei, um candidato ultraliberal e Sergio Massa, um candidato peronista, para liderar o país. Milei é economista e conservador, conhecido por suas declarações polêmicas e extremistas. Ele promete romper com o Mercosul e fechar o Banco Central da Argentina.
Enquanto isso, Massa tem como foco defender os direitos humanos e equilibrar a economia argentina através de refinanciamentos com países como Brasil, China e Rússia.
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A relação com o Brasil, inclusive, pautou um trecho do último debate entre Milei e Massa, no último domingo (12/11).
O peronista disse que “a política externa não pode ser regida por caprichos”, porque o adversário criticou Lula. “A ruptura com o Mercosul, a ruptura das relações com o Brasil e a ruptura das relações com a China representam 2 milhões de empregos a menos”, falou Massa.
Milei rebateu e acusou o outro candidato de mentira. “Você tem um governo onde [o presidente] Alberto Fernández também não falava com Bolsonaro. Então, qual é o problema se eu falo ou deixo de falar com Lula?”.
Milei e Lula estão presentes no momento atual.
Em uma entrevista a um jornalista do Peru, Milei disse que Lula é corrupto e comunista, e afirmou que não aceitará se encontrar com o presidente brasileiro.
Se eleito, o conservador disse que romperia relações com todos os países “autocráticos” ou “ditaduras”.
Milei já revelou admiração pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, em troca, Bolsonaro fez postagens de apoio ao candidato e disse que iria à posse, caso Milei ganhe as eleições.