Lula reiterou seu posicionamento em favor da soberania e criticou aqueles que, segundo ele, praticam “facismo” ao se apropriar da bandeira nacional e da camisa da seleção brasileira
Líder governa e assegura proteção da soberania, buscando resgatar elementos que representem a identidade nacional do Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste domingo (3) fascistas e nazistas que traem o Brasil, defendendo tarifas e sanções contra o país, empunhando a bandeira nacional e vestindo a camisa da seleção brasileira de futebol. Em referência direta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que as lideranças da oposição ao seu governo são “inimigas do Brasil”.
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O presidente Lula declarou existir uma “excrecência política”: um indivíduo que antes defendia o Brasil agora defende interesses dos Estados Unidos e propõe taxação contra o país.
O evento celebrou a nomeação do novo diretório da legenda. Para um auditório repleto de militantes do partido, Lula afirmou que o Brasil continuará buscando negociar a reversão do imposto de 50% sobre as exportações brasileiras para o mercado americano. Reafirmou que essa ação será realizada com autonomia e soberania, e que contribuirá para o resgate de símbolos nacionais pelo povo brasileiro.
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“Não desejamos conflitos, porém não cederemos”, afirmou Lula, ressaltando que mantêm diálogos em um tom respeitoso com todas as nações do mundo, independentemente de sua riqueza.
Para ele, dessa maneira, a bandeira e a camisa da seleção adquirem um novo significado. “Vamos resgatar a bandeira nacional para o povo brasileiro, a camisa do Brasil para o povo brasileiro”, declarou.
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Lula, aliados, declararam que essa mudança pode fortalecer seu governo nas eleições de 2026. Ele afirmou que será candidato à reeleição se tiver 100% de saúde e com condições reais de vencer. “Para ser candidato tenho que ser muito honesto comigo. Preciso estar 100% de saúde. Para eu me candidatar e acontecer o que aconteceu com Biden, jamais. Quando falo que tenho 80, energia de 30, vocês podem acreditar. Se eu for candidato, vou ser candidato para ganhar”, afirmou.
Também solicitou visão estratégica e unidade do PT para que o partido apresentasse bom desempenho nas eleições. “Como disse Edinho Silva [novo presidente do partido], os adversários estão do outro lado”, declarou ele.
Nós selecionamos apenas 70 deputados dos 513. Se nós fôssemos bons como pensamos que somos, teria eleito 140, 150, acrescentou.
Ele destacou que seu governo está começando a apresentar resultados efetivos na vida dos brasileiros, mencionando como exemplos que o Brasil voltou a não constar mais no mapa da fome. Contudo, ressaltou que as pesquisas que apontam dificuldades em sua popularidade não estão equivocadas.
As questões ainda não alcançaram as pessoas. Há muito lançamento dentro do palácio, pouca coisa na rua. Tem gente que acha que a rede social vai resolver, mas não resolve. Quando que levantamos a cabeça? Quando colocou a política no debate, disse Lula, destacando as campanhas pela taxação dos mais ricos, a defesa da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a defesa da soberania contra o tarifário de Trump.
O presidente também prestou elogios à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmando que ela será a melhor ministra no cargo, e ao recém-empossado presidente do PT, Edinho Silva, dizendo que “irá ser uma experiência extraordinária para o partido”.
A ex-presidente do PT e atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também esteve presente no evento e criticou veementemente as ações dos EUA contra o Brasil.
“Também temos uma luta maior, ao lado de combater as injustiças no Brasil, devemos lutar contra a intervenção estrangeira. Acredito que ninguém jamais imaginou que viveríamos uma situação como essa no Brasil, desse tipo de interferência em nossa soberania, causada por um ex-presidente e sua família que busca anistia, articula contra o Brasil, se fantasia com a bandeira brasileira, fala dos valores do Brasil e entrega o nosso país ao estrangeiro”, declarou.
Direções para o futuro
Naquele sábado (2), o PT aprovou a tese que orientará as atividades da sigla nos próximos anos. O texto aprovado defende o veto ao projeto de lei que altera as normas do licenciamento ambiental e aponta questões relevantes que devem guiar as discussões e os projetos do partido.
O documento enfatiza a oposição ao genocídio na Palestina, a promoção do fim da escala de avaliação 6 por 1, o enfrentamento ao extremismo de direita, a isenção do Imposto de Renda para pessoas com renda mensal de até R$ 5.000 e a garantia da igualdade salarial.
Fonte por: Brasil de Fato