Lula visita comunidade da capital paulista e faz críticas à gestão do governador Tarcísio

Mulher relata ter solicitado ajuda ao petista, que garantiu ter tomado precauções para evitar uma remoção violenta pela polícia.

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou na 5ª feira (26.jun.2025), na Favela do Moinho, nos Campos Elísios, região central de São Paulo, uma ação que recebeu críticas à PM (Polícia Militar) do Estado, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos). O petista assinou uma portaria que dá início à negociação para a desocupação de uma área da União no local.

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O presidente afirmou que a área não foi entregue imediatamente para impedir que a política estadual tentasse remover as pessoas com violência. Além dela, a moradora Flávia da Silva proferiu um discurso, alegando que a PM agrediu os moradores da região e solicitando auxílio a Lula.

A violência com todos os moradores, a pressão da Polícia Militar e a 6ª Feira Santa que não foi santa, representou um cenário de terror para todos nós. A polícia que o Tarcísio mandou para conosco não tinha como objetivo o diámas sim a agressão. Por isso, solicitamos ajuda, presidente Lula, pois estávamos indo ser massacrados sem que conseguíssemos que a imprensa pudesse nos filmar.

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Participe do evento (1h5min45s).

Os ministros assinaram duas portarias: uma que define os critérios para o acesso às novas moradias e outra que inicia o processo de transferência do terreno federal para o governo estadual.

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A iniciativa tornou-se viável após um acordo estabelecido em maio entre o governo federal e o governo de São Paulo, visando a reassentar pacificamente as famílias que residem na Favela do Moinho.

O acordo prevê que cada núcleo familiar da Favela do Moinho receberá até R$ 250 mil para a aquisição de uma moradia. Todas as famílias com renda de até R$ 4.700 mensais serão beneficiadas.

A área, após estar vazia, será convertida em um parque, porém Lula afirmou que para isso é necessário negociar a saída das pessoas de maneira digna.

Ainda não está sendo realizada a cessão do terreno para o governo do Estado. Minha preocupação é que, se a cessão for feita e eles ocuparem o local, utilizariam a polícia e tentariam expulsá-los sem que conseguíssem o que desejavam.

Lula também comentou sobre a alteração do local do evento. O petista declarou que pretendiam organizar uma celebração maior, porém desejava estabelecer contato com o público e ir, de maneira genuína, à comunidade habitacional. Afirmou que, após a realização do sonho da casa própria por parte das pessoas, promoveria uma “festa”.

De acordo com apuração do Poder360, a mudança se deve ao galpão ter acesso restrito e gerar a sensação de evento desvitalizado. Assim, o chefe do Executivo decidiu participar da cerimônia na própria comunidade, onde se encontra a população que será beneficiada pela medida.

Em 22 de abril, o governo de São Paulo deu início à remoção de famílias da Favela do Moinho. Alguns moradores fizeram protestos. A PM paulista afirmou que o objetivo era assegurar a segurança de todos da comunidade.

A corporação também afirmou que monitorou as manifestações contrárias ao reassentamento, “atuando para preservar a ordem pública e proteger os direitos de todos os cidadãos”.

Leia a íntegra da nota da Polícia Militar de São Paulo:

A Polícia Militar do Estado de São Paulo acompanha, na área externa da comunidade, o processo de reassentamento das famílias da Favela do Moinho. O objetivo é garantir a segurança de todos os moradores, bem como dos profissionais envolvidos na operação. A Corporação também monitorou, nos últimos dias, as manifestações contrárias ao reassentamento, atuando para preservar a ordem pública e proteger os direitos de todos os cidadãos. As ações da Polícia Militar são pautadas por critérios técnicos e no absoluto respeito às leis.

Fonte por: Poder 360

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