Lula visita comunidade do Jamaraquá e destaca importância da Amazônia na Cúpula do Clima

Na manhã deste domingo (2), o presidente Lula realizou uma conversa com moradores da comunidade do Jamaraquá, localizada na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no Oeste do Pará. A comunidade reúne cerca de mil famílias de extrativistas e ribeirinhos.

A visita faz parte de uma agenda de preparação que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.

Preparação para a Cúpula do Clima

Antes da agenda principal, o presidente Lula presidirá a Cúpula do Clima, que reunirá diversos chefes de Estado na capital paraense. Durante a próxima semana, o presidente permanecerá no estado, acompanhando os preparativos para o evento.

Leia também:

Brasil busca US$ 25 bilhões em doações para Fundo de Florestas Tropicais na COP-30

Presidência da Amazônia enfrenta desafios na COP30 e transição energética

“É necessário implementar agora as metas climáticas que já foram estabelecidas”, afirma Marina Silva

Ao se dirigir aos ribeirinhos, Lula destacou a importância da cúpula para dar visibilidade à Amazônia, buscando um olhar diferenciado sobre a região, que vá além da preservação ambiental. “Essa COP30 é um momento único na história do Brasil, porque é um momento em que a gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que deve olhar para a Amazônia”, afirmou.

Ele enfatizou a necessidade de garantir sustentação econômica, educacional e de saúde para as pessoas que vivem da floresta. “É preciso pedir para que a gente mantenha a floresta em pé e para ela ficar em pé, nós temos que dar sustentação econômica, educacional, de saúde para as pessoas que tomam conta dessa floresta em pé, porque essas pessoas não ganharam o que comer, as pessoas não vão tomar conta de nada”, acrescentou.

Turismo e Bioeconomia

A comunidade do Jamaraquá também é reconhecida pelo turismo de base comunitária, com trilhas na floresta e nos igarapés, e pela fabricação de biojóias. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou da visita.

Segundo Marina Silva, o estilo de vida das famílias da região contribui para a proteção da floresta. “Aqui é exemplo de bioeconomia, aqui é exemplo de sociobiodiversidade, aqui é exemplo de como mantém a floresta em pé e ela gera condições de vida e dignidade para as pessoas”, disse.

A comunidade reúne extrativistas, artesãos e seringueiros, com diversas atividades que combinam ao longo do ano. A Flona do Tapajós abrange 1,2 mil famílias em uma área de mais de 500 mil hectares preservados.