Lupi declara após anunciar renúncia a Lula
Ex-ministro da Previdência Social agradeceu a Lula e afirmou não ser mencionado nas investigações da Polícia Federal.

O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, manifestou-se em suas redes sociais após entregar sua demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira (2/5).
Na publicação, Lupi expressou agradecimento a Lula pela confiança e oportunidade e negou envolvimento no escândalo de descontos ilegais em pensões e aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), divulgado em reportagens do Metrópoles e que resultou em operação da Polícia Federal.
O ministro tomou a decisão com a convicção de que seu nome não foi mencionado em nenhuma etapa das investigações em andamento, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Ele ressaltou que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por ele e pelos órgãos de controle do governo Lula.
Após a publicação subsequente à demissão, Lupi também esperou que as apurações da Polícia Federal (PF) progredissem e que os responsáveis pelas fraudes fossem punidos com rigor.
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Espero que as investigações avancem normalmente, identifiquem os responsáveis e apliquem, com rigor, as punições para aqueles que utilizaram seus cargos para prejudicar a população trabalhadora.
A crise decorrente de descontos ilegais no INSS intensificou-se após a realização de uma operação da Polícia Federal no último dia 23. Batizada de Sem Desconto, a ação foi conduzida em 13 estados e no Distrito Federal. Os investigados teriam atuado para o desconto ilegal de R$ 6,3 bilhões nas folhas de pagamento dos beneficiários do INSS.
O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido por Lula ainda em 23 de setembro. Desde então, aumentou a pressão sobre Lupi, que resistia no cargo. A oposição, inclusive, chegou a protocolar nesta semana um pedido de impeachment. A alegação é de que ele teria sido omisso no caso.
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
A oposição reúne assinaturas nas Casas Legislativas para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com sessões conjuntas, caso a proposta seja aprovada.
O governo já anunciou o substituto de Lupi, que será um aliado dele e o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta.
Fonte: Metrópoles