Lupi mantém trajetória em diferentes administrações do PT, com diversos pedidos de desligamento

Na gestão Dilma, o petista também solicitou sua saída do ministério do Trabalho em decorrência de denúncias de corrupção no órgão.

02/05/2025 20h15

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Não é a primeira vez que Carlos Lupi decide deixar o primeiro escalão de governos petistas. Em meio a denúncias de fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ele pediu demissão do cargo de ministro da Previdência nesta sexta-feira (2).

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Em 2011, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), Lupi também solicitou renunciar ao cargo de ministro do Trabalho, após alegações de que assessores seus exigiam propinas para solucionar questões de Organizações Não Governamentais (ONGs).

O petista foi denunciado por ter viajado, em 2009, em um jato alugado por uma organização que, em seguida, recebeu contratos de projetos vinculados ao ministério.

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Ademais, a constatação de que Lupi atuava como assessor-fantasma do PDT na Câmara dos Deputados também contribuiu para seu afastamento. Ele estaria, de forma ilícita, acumulando cargos em Brasília e no Rio de Janeiro.

Ao serem divulgadas as suspeitas, Lupi declarou duvidar de sua demissão. “Duvido que a Dilma me tire. Para me tirar só abatida à bala”, afirmou à Época.

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Dois dias depois, em sessão no Congresso, pediu desculpas à presidente e corrigiu um “eu te amo”, a que Dilma respondeu ironicamente: “Não sou propriamente romântica”. Na ocasião, o então ministro negou todas as acusações.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou, então, à presidente Dilma Rousseff que exonerasse o ministro, com base nas denúncias. O grupo ainda advertiu Lupi por descumprir regras previstas no Código de Conduta da Alta Administração Federal.

Após resistir por 28 dias, com a imagem também prejudicada por suas próprias declarações, o petista pediu demissão, antecipando-se a uma decisão de Dilma, que anunciaria sua exoneração no dia seguinte, seguindo a recomendação da Comissão de Ética.

Demissão atual.

Atualmente, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o pedido de renúncia ocorre nove dias após o escândalo envolvendo fraudes nos benefícios do INSS. Nas redes sociais, Lupi agradeceu o presidente da República pela “confiança” e “oportunidade”.

Adoto esta decisão com a convicção de que meu nome não foi mencionado em nenhuma etapa das investigações em andamento, que investigam possíveis irregularidades no INSS. Manifesta meu interesse em ressaltar que todas as apurações foram acompanhadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula.

Espero que as investigações avancem normalmente, identifiquem os responsáveis e os punam, com rigor, aqueles que abusaram de suas funções para prejudicar o povo trabalhadora.

Após Lupi comunicar o presidente Lula, o Palácio do Planalto divulgou uma nota, na qual afirma ter recebido o convite do ex-ministro da Previdência. O comunicado ainda confirmou o convite do presidente para que o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência, assuma o cargo. A informação foi antecipada pela CNN.

Fonte: CNN Brasil

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