Corpos Encontrados com Marcas de Facadas e Decapitação na Penha
Uma área de mata na Serra da Misericórdia, no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, foi palco de uma macabra descoberta: corpos amarrados e com marcas de facadas, incluindo alguns decapitados. A reportagem do Estadão presenciou a cena, que gerou comoção na comunidade local.
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A Associação de Moradores da Penha, contando com o apoio da OAB, está realizando a contagem oficial dos corpos, que, segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, totaliza 132 vítimas após a megaoperação contra o Comando Vermelho, ocorrida na terça-feira (28).
O governo do Rio de Janeiro, inicialmente, contabilizava 64 mortes, mas revisou o número para 58, incluindo 4 policiais.
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Uma parente de uma das vítimas, que preferiu não ser identificada, relatou ao Estadão a existência de “sinais de tortura” nos corpos, como cortes de faca e decapitações. Moradores se mobilizaram para identificar e retirar os corpos da mata, que divide o Complexo da Penha do Complexo do Alemão.
A situação gerou desespero e dor na comunidade, com moradores expressando indignação e questionando as ações realizadas. “Ninguém nunca viu o que está acontecendo aqui”, afirmou Jéssica, uma moradora presente no local. “Você não aguentaria um dia do que o favelado vive”.
Durante a entrevista, diversos moradores gritaram: “Toda vida importa”. A reportagem presenciou a mobilização de um grupo de moradores que subiu para a mata em busca de mais corpos. A situação expõe um cenário de violência e desespero na comunidade.
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