Crise Política na França Aprofunda com Críticas a Macron
A crise política na França, desencadeada pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, intensificou-se na terça-feira (7) com um aumento das críticas direcionadas ao presidente Emmanuel Macron, dentro de seu próprio grupo político. A situação demonstra a instabilidade no governo francês.
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Dois ex-premiers que serviram no gabinete de Macron expressaram seu descontentamento, pressionando por novas eleições legislativas ou pela renúncia do presidente. O ex-primeiro-ministro Édouard Philippe afirmou que a situação atual, prolongada por seis meses, seria prejudicial para a França.
Reações de Ex-Premiers
O ex-primeiro-ministro Gabriel Attal também manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024, que desencadeou a crise. Macron, por sua vez, reafirmou seu compromisso de cumprir seu segundo e último mandato presidencial.
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Contexto da Crise
A turbulência política na França persiste há mais de um ano, desde a dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron. A instabilidade política se intensificou após o avanço da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu, levando o presidente a calcular que uma votação antecipada lhe traria vantagem diante do temor de um avanço radical. Para superar essa situação, Macron precisou se aliar à Frente Ampla de esquerda.
Renúncia do Primeiro-Ministro e Negociações
A crise atual começou com a renúncia de Sébastien Lecornu, o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução da Assembleia Nacional. Macron concedeu ao seu aliado 48 horas para tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos. O ex-premiê se reuniu com autoridades da chamada Socle Commun, uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron.
Colapso do Governo e Retirada de Apoio
O novo governo entrou em colapso menos de 14 horas após a nomeação, quando o conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio. A situação demonstra a fragilidade do governo e a complexidade da conjuntura política francesa.
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