Macron reconduz Lecornu ao cargo de primeiro-ministro da França em meio a pressões da oposição

Aliado do presidente francês renuncia após 14 horas, mas reassume com a missão de formar maioria parlamentar e aprovar o orçamento de 2026, enfrentando a oposiç…

10/10/2025 21:21

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Macron reconduz Lecornu ao cargo de primeiro-ministro da França em meio a pressões da oposição
(Imagem de reprodução da internet).

Macron Nomeia Sébastien Lecornu como Primeiro-Ministro Novamente

O presidente da França, Emmanuel Macron, nomeou novamente o político de centro-direita Sébastien Lecornu como primeiro-ministro nesta sexta-feira (10). A decisão ocorre após a renúncia de Lecornu no início da semana, que intensificou a crise política que o país enfrenta desde 2024. Com essa nova nomeação, Lecornu pode enfrentar a possibilidade de ser destituído pelo Parlamento, já que tanto a esquerda quanto a direita pedem um chefe de governo que não esteja alinhado a Macron.

Aos 39 anos, Lecornu, que se descreve como “monge soldado”, terá a tarefa de formar uma maioria parlamentar capaz de aprovar o orçamento de 2026 e lidar com o elevado endividamento público. “Aceito, por dever, a missão que me confiou o presidente”, declarou Lecornu na rede social X, apesar de ter afirmado anteriormente que não desejava o cargo.

Desafios e Crise Política

A situação é complicada. A antecipação das eleições de 2024, convocada por Macron sem consultar seus aliados, deixou a Assembleia Nacional sem uma maioria clara, dividida entre esquerda, centro-direita e extrema-direita. Desde então, os dois primeiros-ministros anteriores foram destituídos: Michel Barnier, em dezembro, e François Bayrou, nove meses depois, ambos ao tentarem aprovar seus orçamentos.

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A crise se agravou na segunda-feira, quando Lecornu renunciou apenas 14 horas após anunciar seu gabinete, gerando insatisfação no partido conservador Los Republicanos (LR), que é parceiro de governo. Após conversas com os partidos, ele garantiu a Macron que poderia formar um governo estável para aprovar as contas de 2026.

Reunião e Reações

Uma reunião de mais de duas horas entre Macron e líderes políticos nesta sexta-feira indicou que há “caminho possível para compromissos” que evitem novas eleições legislativas. Contudo, ainda não está claro quem serão os aliados de Lecornu ou quais concessões serão feitas às oposições. Partidos que participaram da reunião expressaram descontentamento por não receberem respostas. A líder ecologista Marine Tondelier alertou que a queda do novo governo poderia resultar em novas eleições, especialmente com a extrema-direita liderando pesquisas na segunda maior economia da União Europeia.

Após a indicação, a extrema-direita e a esquerda radical ameaçaram censurar o governo, criticando Lecornu como “uma pessoa irresponsável e embriagada de poder”, segundo o esquerdista Manuel Bompard. Lecornu afirmou que seu governo representará “renovação” e que seus membros não terão ambições de concorrer à presidência em 2027, quando Macron não poderá se reeleger.

Orçamento e Reformas

O primeiro-ministro também mencionou que “todos os assuntos” discutidos nas consultas parlamentares estarão abertos ao debate, fazendo referência à impopular reforma da previdência imposta por decreto em 2023. A oposição socialista, que defende a discussão sobre o adiamento da aposentadoria de 62 para 64 anos, afirmou que não há acordo com Lecornu para evitar sua censura. A principal missão do governo será apresentar rapidamente um orçamento que consiga reunir uma maioria na Assembleia e reduzir o endividamento público, que atingiu 115,6% do PIB em junho.

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