Manter-se apoiado nos cotovelos pode causar problemas de saúde
Manter o cotovelo apoiado em superfícies rígidas pode provocar inflamações.

Apoiar-se nos cotovelos pode parecer um gesto inofensivo no cotidiano, mas especialistas alertam que, quando praticado com frequência e por longos períodos, esse hábito pode causar prejuízos à saúde. Entre os principais riscos, encontram-se lesões nos nervos, dores crônicas e até dificuldades de movimentação.
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Um dos problemas mais frequentes é a compressão do nervo ulnar, também conhecido como “nervo inquieto”, aquele que provoca uma sensação de choque ao atingirmos. Ele atravessa uma região estreita no cotovelo, denominada túnel cubital. O repouso prolongado do cotovelo sobre superfícies duras pode comprimir esse nervo, resultando em formigamento, dormência e fraqueza nas mãos. A condição, chamada de síndrome do túnel cubital, pode progredir e necessitar de intervenção cirúrgica em casos mais graves.
Os principais sinais de alerta são dor na região do cotovelo, alterações de sensibilidade nos dedos da mão, especialmente o quarto e o quinto dedos da mão, também aumento de volume, o inchaço, e normalmente é um inchaço localizado na região da bursa, que é uma das características da bursite, explica Jean Klay, ortopedista e coordenador da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo.
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O suporte contínuo do cotovelo em superfícies rígidas, além da compressão nervosa, pode levar a inflamações, incluindo a bursite olecrânica – inflamação da bursa, uma pequena bolsa preenchida de líquido que auxilia na redução do atrito entre os ossos e os tecidos circundantes das articulações. A bursite causa inchaço, dor e, em alguns casos, acúmulo de líquido que necessita ser drenado.
A postura corporal também é um fator preocupante. Quando uma pessoa se apoia nos cotovelos, sobretudo em mesas ou bancadas, frequentemente assume posições inadequadas do pescoço, ombros e coluna. A repetição desse comportamento pode causar tensões musculares e contribuir para dores e até quadros de má postura.
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Os grupos de risco mais vulneráveis são aqueles que exercem atividades que envolvem apoiar os cotovelos em superfícies duras por longos períodos, assim como os pacientes com doenças inflamatórias, principalmente as doenças reumáticas, complementa Klay.
Trabalhar por longos períodos em frente ao computador ou realizar atividades manuais com frequência exige atenção à ergonomia. Apoios de braço adequados, mudanças regulares de posição e pausas diárias são medidas simples que auxiliam na prevenção de problemas relacionados ao apoio excessivo nos cotovelos.
Se a pessoa apresentar sintomas como dormência nas mãos, dor nos cotovelos ou perda de força, é importante procurar avaliação médica para diagnóstico e tratamento adequados.
O tratamento geralmente é medicamentoso, associado à fisioterapia e, fundamentalmente, à busca pela causa. Se ainda assim o paciente não apresentar uma boa resposta, pode ser necessário realizar um tratamento cirúrgico. Para se definir o tratamento cirúrgico, é preciso definir o diagnóstico.
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Fonte por: CNN Brasil