Marcha em Belém: Extrativistas Exigem Direitos e Proteção da Amazônia

Marcha em Belém defende direitos extrativistas! Lideranças se unem para proteger florestas e garantir serviços ambientais. CNS reivindica reconhecimento em políticas climáticas

14/11/2025 7:52

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Marcha em Belém: Extrativistas Exigem Direitos e Proteção da Amazônia
(Imagem de reprodução da internet).

Marcha em Belém Defende Direitos decomunidades extrativistas

Centenas de lideranças extrativistas de diversos biomas brasileiros se reuniram em Belém, na tarde de quinta-feira (13), em uma marcha que ecoou pelas ruas da capital paraense. O evento, chamado “Porongaço dos Povos da Floresta”, visava defender os direitos territoriais e o papel crucial das reservas de uso sustentável no equilíbrio ecológico e na prestação de serviços ambientais essenciais, especialmente diante das mudanças climáticas globais.

Raízes da Luta: Chico Mendes e o CNS

A manifestação teve início com a figura emblemática de Chico Mendes, líder seringueiro do Acre, que, na década de 1970, deu voz e articulação política aos extrativistas da floresta, confrontando a violência, a grilagem e a destruição ambiental.

O movimento, que culminou na fundação do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) em 1985, continua a ser um pilar na defesa dos direitos dessas comunidades.

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A Importância do Território: Uma Conexão Profunda

A vice-presidente do CNS, Letícia Moraes, enfatizou a compreensão das populações extrativistas sobre o território como uma extensão de seus corpos. “Se a floresta não está bem, se os rios não estão bem, se o maretório não está bem, nós não estamos bem”, declarou, ressaltando a importância da relação de cuidado e pertencimento que essas comunidades têm com seus territórios, onde vivem de atividades agroflorestrais sustentáveis.

Dados e Impacto: Protegendo o Futuro

Dados do CNS revelam que as reservas e projetos de assentamento agroextrativistas protegem mais de 42 milhões de hectares de florestas e rios, contribuindo significativamente para a mitigação das mudanças climáticas. Essas áreas armazenam aproximadamente 25,5 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, o que corresponde a cerca de 11 anos das emissões totais do Brasil.

O CO2 é o principal gás causador do aquecimento global, impulsionado pela queima de combustíveis fósseis.

Demandas e Reconhecimento

Ao final da marcha, um documento do CNS foi entregue à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. A carta detalha uma série de demandas, incluindo o reconhecimento formal das reservas extrativistas, reservas de desenvolvimento sustentável e demais territórios tradicionais na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira e nos tratados climáticos.

O CNS reivindica priorização dessas áreas em políticas de adaptação e mitigação, com investimentos consistentes e permanentes, apoio à gestão comunitária e ampliação de incentivos a práticas sustentáveis de uso da floresta.

Protegendo o Coração do Planeta

A marcha em Belém reafirma o papel fundamental das comunidades extrativistas na proteção da biodiversidade, no sequestro de carbono e na manutenção do equilíbrio climático, demonstrando que a “tecnologia dos indígenas, dos seringueiros, dos ribeirinhos, dos babaçueiros, dos geraizeiros, das quebradeiras de coco” é essencial para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.

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