Marcha LGBT+ promove discursos contra a guerra, direcionados a Bolsonaro e em referência ao evento de 6 de junho

Políticos e ativistas comparecem em evento tradicional na avenida Paulista, em dia chuvoso.

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(Imagem de reprodução da internet).

A 29ª parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, ocorrida no domingo (22.jun.2025) na avenida Paulista, contou com discursos de políticos e ativistas contrários às guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, além da presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e da escala de trabalho 6 X 1.

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Com o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, o tradicional evento anual – um dos que mais recebem turistas na maior cidade do país – atraiu centenas de milhares de pessoas mesmo sob tempo chuvoso.

O ex-senador e atual deputado estadual, Eduardo Suplicy (PT), manifestou-se contra as guerras em curso. “É importante que se deem passos imediatos para acabar com essas bombas e assassinatos de meninos, meninas, mulheres, idosos, que não têm qualquer culpa”, declarou.

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A deputada estadual Mônica Seixas (Psol) defendeu o encerramento da escala de trabalho 6 X 1, enquanto a deputada federal Erika Hilton, do mesmo partido, busca diminuir essa jornada por meio de uma proposta na Câmara. “As LGBTs vão transformar o Brasil e o mundo com a sua revolução da solidariedade e do amor”, declarou.

Maria das Neves, membro do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, mencionou a jornada de trabalho e criticou o bolsonarismo. “Nós combatemos o ódio, o fascismo e o conservadorismo no Brasil, e colocamos o bolsonarismo para correr nas eleições”, afirmou.

O ativista e escritor José Silvério Trevisan declarou que, “como um senhor de 81 anos”, não iria reclamar da vida, mas destacou: “A situação é complicada. Já vi esse filme antes. Passei por ditadura, passei pela Aids, passei por várias tentativas de golpe e agora nós estamos vivendo em todo o mundo uma volta do fascismo. Nós somos as vítimas preferenciais — ou uma delas — do fascismo, que tem medo da nossa liberdade, do que nós fazemos na cama e fora dela, porque eles morrem de inveja”.

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A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Regina Santana, representou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) no evento. Nunes é aliado de Bolsonaro. “Temos que lutar para que as pessoas LGBTs não sofram mais discriminação. A prefeitura de São Paulo na gestão do prefeito Ricardo Nunes tem esse olhar”, disse.

O envelhecimento LGBT+, tema da parada de 2025, esteve presente em todos os discursos. “Envelhecer em nosso país é um grande desafio, e é lógico que para a comunidade LGBT é um desafio ainda maior”, declarou a vereadora Amanda Paschoal (Psol).

Fonte por: Poder 360

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