Marcos do Val solicita atuação da PF em relação às decisões de Moraes
O ministro determinou o bloqueio do passaporte do senador, que viajou aos Estados Unidos; Do Val é investigado no Supremo Tribunal Federal.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) pediu a Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF (Polícia Federal), que intervinha em seu favor para evitar a apreensão e o bloqueio de seus passaportes determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
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Marcos do Val é investigado por obstrução de Justiça após divulgar fotos do delegado da PF Fábio Schor, responsável por atuar em investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O pedido formal apresentado à PF em 15 de julho se assemelha a outro, entregue pelo senador ao Itamaraty. A Coluna do Estadão procurou a PF, mas a corporação não se manifestou.
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O congressista solicitou que a Polícia Federal não permita que tal atentado permaneça impune, em referência às decisões de Moraes. O senador pediu, segundo o jornal, que a intervenção de Rodrigues se dê “com a máxima urgência […], diante de graves violações constitucionais”.
Do Val acrescentou que a revogação das medidas impostas [pelo STF] não é apenas um ato de justiça pessoal, mas uma afirmação do Estado de direito e das prerrogativas do Parlamento brasileiro.
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A solicitação de Do Val foi formalizada uma semana antes da viagem do senador com a família aos Estados Unidos.
De acordo com a Coluna do Estadão, além de conduzir a PF e o Itamaraty, Do Val comunicou ao Senado e ao STF que realizaria a viagem durante o recesso parlamentar.
No dia seguinte, Moraes comunicou a negativa ao senador, mas a defesa foi intimada somente no dia 24 de julho, quando ele já estava em Miami. O ministro determinou o bloqueio das contas bancárias do congressista após tomar conhecimento da viagem.
Compreenda a situação.
Em agosto de 2024, o ministro Moraes ordenou a apreensão do passaporte e o bloqueio das contas em redes sociais de Marcos do Val. A Polícia Federal, contudo, não encontrou o documento do senador durante a execução da apreensão.
Em fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF), na 1ª Turma, rejeitou unânime o pedido de Do Val e manteve a restrição do passaporte.
Em live transmitida em 24 de julho, Do Val afirmou que, após agentes da PF irem à sua residência em Vitória para apreender seu passaporte diplomático, ele se recusou a entregá-lo.
“Se eu estivesse em exercício [como senador], eu poderia ter cometido um crime, mas não fui julgado e condenado. Ou seja, a lei me garante ainda ter um passaporte”, afirmou.
Em vídeo publicado no YouTube em 25 de julho, Do Val, em um parque de diversões, negou que sua viagem seja uma fuga. “Eu não tenho nenhum motivo para fugir, porque eu não respondo a nenhum processo, não sou denunciado por nenhum crime”, afirmou. “Não tem nada de ilegal, não estou fugindo”.
Fonte por: Poder 360