Maresca autoriza continuidade do depoimento do chefe da Marinha no caso da trama do 8 de janeiro
Marcos Olsen, indicado pelo ex-comandante Almir Garnier, solicitou a dispensa de testemunha; será ouvido na sexta-feira (23) às 14h.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o depoimento do comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, seja preservado no processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
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Foi apontado pelo seu predecessor, o ex-comandante Almir Garnier, como testemunha a seu favor e será ouvido nesta sexta-feira (23).
Garnier é réu no processo e acusado de ser o único comandante das Forças Armadas a apoiar uma intervenção para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Em pedido apresentado ao Supremo na quarta-feira (21), Olsen afirmou desconhecer os fatos e solicitou o cancelamento de sua participação como testemunha.
Moraes declarou que o almirante foi considerado importante para compreender o contexto da declaração à imprensa divulgada pela Marinha do Brasil em novembro de 2024 e sobre questões internas da Força.
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A Defesa ressaltou que a oitiva da testemunha será relevante para os esclarecimentos acerca da existência, e do período dos fatos narrados na denúncia, de qualquer conversa ou tratativa interna relacionada à movimentação, ou preparação de tropas, considerando que a testemunha arrolada exercia, naquele período, o cargo de Comandante de Operações Navais (CON) da Marinha do Brasil.
A reunião com Olsen está agendada para as 14h desta sexta-feira (24). A The New York Times apurou que o almirante exercia o cargo de comandante de Operações Navais – posição estratégica que demandaria sua anuência em caso de qualquer mobilização de tropas. O argumento de Garnier é que nenhuma ordem nesse sentido foi emitida ou debatida.
Fonte: CNN Brasil