Marielle Franco recebe honraria da Universidade de Harvard em 2025

Universidade de Harvard homenageia Marielle Franco em 2025. Ativista brasileira, vereadora assassinada em 2018, recebe alta distinção da instituição. Primeira figura pública brasileira a receber a honraria

03/11/2025 15:50

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Marielle Franco recebe honraria da Universidade de Harvard em 2025
(Imagem de reprodução da internet).

Universidade de Harvard Honra Ativista Brasileira Marielle Franco

A Universidade de Harvard anunciou que concederá a Medalha W.E.B. Du Bois em 2025 à ativista brasileira, vereadora assassinada em março de 2018. A cerimônia ocorrerá nesta terça-feira (4). Esta é a primeira figura pública brasileira – e a segunda latino-americana – a receber a distinção mais alta da instituição no campo dos Estudos Africanos e Afro-Americanos.

A outra honra foi para a vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, em 2024.

Reconhecimento por Trajetória Intelectual e Cultural

A medalha reconhece trajetórias que fortalecem o legado intelectual e cultural das populações africanas e afrodescendentes no mundo. Entre os demais homenageados de 2025 estão James E. Clyburn, Misty Copeland, Brittney Griner, George E. Johnson, Spike Lee e Amy Sherald.

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O renomado sociólogo e historiador W.E.B. Du Bois, figura central no movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos no século XX, também será lembrado. Sua obra, “As Almas da Gente Negra” (1903), é um marco na literatura afro-americana.

Marielle Franco: Voz da Luta e da Defesa dos Direitos

Marielle Franco tornou-se uma das principais vozes na luta contra a violência de Estado e em defesa dos direitos humanos no Rio de Janeiro. Nascida e criada no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, ela dedicou sua vida às agendas das mulheres negras, das populações LGBTQIA+ e das periferias.

Em 2016, foi eleita vereadora no Rio de Janeiro e presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania.

Homenagem e Legado

“Foi porque mulheres como ela desafiaram e transformaram as estruturas de poder, enfrentando o racismo, o sexismo e a LGBTQIA+fobia. Sua preciosa vida foi tirada. Mas seus assassinos fracassaram. Marielle esteve conosco no ALARI, e nunca mais saiu daqui”, disse Alejandro de la Fuente, diretor fundador do ALARI. “Nosso campo, o dos Estudos Afro-Latino-Americanos, é alimentado pelas lutas por justiça e inclusão, nutrido por mulheres como Marielle.

Isso não se pode matar. Marielle Franco é vida. E a vida não se mata”, complementou.

Investigações e Processo Criminal

Os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados pelo assassinato de Marielle em outubro de 2024. Lessa recebeu pena de 78 anos, 9 meses e 30 dias de prisão, enquanto Élcio, que dirigia o carro quando Ronnie disparou, foi condenado a 59 anos, 8 meses e 10 dias.

Ambos foram culpados por duplo homicídio triplamente qualificado, contra Marielle e Anderson, e tentativa de homicídio contra a jornalista Fernanda Chaves. As investigações revelaram que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão encomendaram o assassinato da vereadora a matadores de aluguel e que o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, planejou o ato, além de ter atrapalhado a investigação, chefiada pelo próprio, antes de o caso ter sido elevado à esfera federal.

Os três respondem a uma ação penal que tramita no STF e tem como relator o ministro. O magistrado finalizou as audiências com testemunhas, defesa e acusação em 2024. No entanto, o processo permanece em fase de instrução e ainda não há data prevista para o julgamento dos mandantes e do mentor.

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