Marinha Federal destrói 16 dragas utilizadas em garimpo ilegal no Amazonas

A operação continua em curso até o dia 30 de julho.

29/07/2025 10h42

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(Imagem de reprodução da internet).

No coração da Amazônia, a devastação avança sob os rios. A Polícia Federal, em conjunto com o ICMBio e a Funai, executa a Operação Kampo, que iniciou em 22 e segue até 30 de julho, no município de Jutaí, no interior do Amazonas. O alvo: três rios da região – Jutaí, Bóia e Igarapé Preto, onde operavam dragas ilegais para a extração de ouro. Foram destruídas 16 dragas, apreendidos 4 mil litros de combustível, além de motores, rebocadores, voadeiras e até antenas de internet via satélite – a Starlink, utilizada para manter a comunicação em áreas isoladas. E o mais grave: foram recolhidos frascos de mercúrio, um metal pesado que não se dissolve na água e entra diretamente na cadeia alimentar. O mercúrio é neurotóxico, afeta o desenvolvimento de crianças, pode provocar aborto espontâneo, deformações congênitas e doenças neurológicas irreversíveis. Isso está sendo despejado nesses rios.

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Além disso, foram encontrados animais silvestres capturados, como tracajás e tartarugas centenárias – símbolos da fauna amazônica, vítimas de um crime que une a degradação ambiental e a violência contra a biodiversidade.

Não houve prisões de garimpeiros até o momento. A operação continua em andamento e coletou documentos e equipamentos que podem auxiliar na responsabilização penal e ambiental dos envolvidos. Trata-se de uma ação contínua, que revela o cenário de uma Amazônia onde o crime se organiza com logística, financiamento e tecnologia. A presença de antenas Starlink nas balsas ilegais confirma o que a Polícia Federal já alertava: há inteligência e articulação no crime ambiental. Isso exige resposta adequada. Enquanto o garimpo ilegal prossegue com mercúrio, motores e satélite, as populações ribeirinhas resistem sem acesso à saúde básica. A proteção da Amazônia depende de operações como essa – mas também de prevenção, fiscalização permanente e prioridade real no orçamento público. Porque o que está em jogo aqui não é apenas o ouro. É a água, é a vida, é o futuro.

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Fonte por: Jovem Pan

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