Marinho afirma que o Brasil terá menor dependência dos EUA após a crise e reafirma a crítica de Lula a Trump: “Acha que é imperador do mundo”

O ministro do Trabalho declarou à Jovem Pan News que defende a diversificação de mercados, responde a sanções e contesta críticas ao Poder Judiciário br…

15/08/2025 17h20

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, declarou, em entrevista à Jovem Pan News, que o Brasil diminuirá ainda mais sua dependência comercial dos Estados Unidos após a atual crise diplomática. Segundo ele, no início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aproximadamente 25% das exportações brasileiras tinham como destino o mercado americano. Atualmente, esse percentual está em torno de 12%. “Tenho certeza que, depois dessa crise, vamos depender menos ainda dos EUA”, afirmou.

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Marinho afirmou que o Palácio do Planalto está aberto ao diálogo com empresários americanos, mas criticou o presidente Donald Trump, ao acusá-lo de agir como “imperador do mundo”, crítica já feita por Lula. Ele também rejeitou ataques de Washington ao Supremo Tribunal Federal (STF) e destacou que “não cabe questionar a autoridade e as decisões” de seus ministros.

A fala se dá em face do acirramento das tensões bilaterais, após os EUA impuserem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, revogarem vistos de ministros do STF e sancionarem pessoas ligadas ao programa Mais Médicos, implementado no governo Dilma Rousseff e retomado por Lula. Nesta semana, a embaixada americana classificou o programa como um “golpe diplomático” e acusou autoridades brasileiras de cobrir um “esquema de exportação de trabalho forçado” envolvendo médicos cubanos – declaração que já havia sido contestada pelo governo brasileiro. Quanto à tarifação, Marinho afirmou que o Brasil está disposto a negociar, mas “sem bravatas”. “Estamos abertos para conversar, mas com respeito. Não vamos baixar a cabeça para ninguém.”

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Trump também tem defendido publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso em regime domiciliar e réu por tentativa de golpe de Estado, alegando que ele sofre uma “execução política”. As críticas de Washington ao Judiciário brasileiro motivaram reação do Itamaraty, que convocou o encarregado de negócios da embaixada para prestar esclarecimentos.

Estados Unidos cancelam vistos da filha e esposa do ministro Alexandre Padilha. Embaixada americana considera iniciativa como “golpe diplomático” e anuncia que sanções prosseguirão.

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Fonte por: Jovem Pan

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