Mauro Cid guardou documentos que visavam fornecer base legal ao golpe

O portal UOL divulgou a informação, após ter acesso ao conteúdo do celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

20/05/2025 8h49

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(Imagem de reprodução da internet).

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), armazenou documentos que dariam suporte jurídico a um golpe de Estado. A informação foi divulgada na terça-feira, 20, pelo portal UOL, que teve acesso ao conteúdo do telefone celular de Cid, apreendido pela Polícia Federal em maio de 2023.

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A PF, ao apreender o material, constatou que Mauro Cid realizava conversas consigo mesmo no WhatsApp, enviando documentos que, conforme entendimentos de apoiadores de Bolsonaro, justificariam uma ação violenta para assumir o poder em 2022.

O UOL aponta que uma porção do material apreendido no celular de Mauro Cid é inédita e sustenta que “as provas indicam que assessores de Jair Bolsonaro deliberaram sobre estratégias para um golpe e sua permanência no poder”.

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Em pelo menos dois documentos encontrados no telefone de Cid, constava a chamada “intervenção militar constitucional”, que visava acionar as Forças Armadas em situações de crise entre os Três Poderes – um dos pilares do discurso bolsonarista. Tal tipo de intervenção já foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O documento no celular de Cid é proveniente da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, a Eceme.

Cid também guardou versões fraudulentas de documentos, conforme constatou o site. Um dos arquivos não apresenta referência à autoria, porém aponta que a assinatura deveria ser de um partido político.

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O tenente-coronel teve acesso a um esboço de ação contra as urnas eletrônicas, apresentado pelo PL – partido de Jair Bolsonaro – ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cinco dias antes do documento ser protocolado. Isso demonstra que ele participou ativamente das discussões sobre o assunto.

A defesa de Mauro Cid não se pronunciou em relação aos diás divulgados pelo site. A nota enviada ao UOL informa que o militar não tem acesso ao material.

Fonte: Carta Capital

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